Por João Paulo Ferreira | 3 dezembro, 2024 - 11:24
Nesta terça-feira (3), às 18h, a Câmara Municipal de Campo Grande será palco de uma audiência pública para discutir a redução da jornada de trabalho. A iniciativa, que acontece no Plenário Oliva Enciso, reúne representantes de sindicatos, trabalhadores, empregadores e especialistas, em busca de soluções para equilibrar vida pessoal e profissional, além de promover melhores condições de trabalho.
A pauta central inclui a proposta da vereadora Luiza Ribeiro (PT), que sugere a redução da carga horária dos servidores municipais para seis horas diárias, com limite de 30 horas semanais, sem redução salarial. Segundo a vereadora, a medida visa melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e aumentar a eficiência do serviço público. “Reduzir a carga horária não só melhora a qualidade de vida do trabalhador, como também torna o serviço público mais eficiente. É difícil acreditar que uma pessoa que chega ao trabalho às 7h, após uma hora ou mais de trajeto, ainda esteja desempenhando bem às 16h”, afirmou Luiza.
A audiência também abordará temas nacionais, como as propostas de Emenda à Constituição da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que busca reduzir a jornada semanal de 44 para 36 horas, e do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). O debate é promovido pela Comissão Permanente de Políticas e Direitos das Mulheres, de Cidadania e Direitos Humanos, presidida pela própria Luiza Ribeiro, em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o movimento Vida Além do Trabalho (VAT).
Outro ponto de destaque é o fim da jornada 6×1, modelo que concede apenas um dia de descanso para cada seis trabalhados. Com o tema “Vida além do Trabalho”, o evento busca avaliar os impactos desse regime na saúde e bem-estar dos trabalhadores. A presidente da comissão, Luiza Ribeiro, e o vice-presidente, Junior Coringa, reforçaram a importância de ouvir a sociedade. “É nosso dever como legisladores abrir espaço para essa discussão e construir soluções que atendam às demandas da sociedade”, pontuou Luiza.
A audiência contará com a participação de mais de 40 sindicatos, três centrais sindicais e oito federações, além de representantes do Ministério do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho. A vereadora defende a relevância do tema no contexto atual. “Essa é uma mudança que já deu certo em diversas áreas e pode ser um grande avanço para Campo Grande. Queremos valorizar o servidor público e oferecer serviços mais qualificados à população”, destacou.
O evento está aberto à participação popular e busca colher sugestões, críticas e contribuições para aprimorar as propostas em discussão.
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