VÍDEO: Corpo é encontrado em geladeira em avançado estado de decomposição e mulher é presa por ocultação

Um corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição dentro de uma geladeira em Aracaju, capital de Sergipe, foi identificado como do advogado e jornalista gaúcho Celso Adão Portella. A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe confirmou a identidade na manhã desta quinta-feira (28). A descoberta do corpo ocorreu durante uma ação de despejo no último dia 20. Uma mulher de 37 anos, que afirma ser companheira da vítima, foi presa como suspeita de ocultação de cadáver.

A identificação foi possível através de prontuários clínicos e hospitalares, além de uma prótese que Celso possuía. Documentos dele também foram encontrados no apartamento. Três filhos de Celso, residentes no Rio Grande do Sul, foram ouvidos pelos investigadores. A causa da morte ainda é desconhecida e será analisada pelo Instituto Médico Legal.

Celso Adão Portella, que teria 80 anos hoje, era natural de Ijuí, no Rio Grande do Sul, e trabalhou como professor e coordenador do curso de direito na Universidade Tiradentes em Sergipe de 2005 a 2008. Ele se afastou da família após a morte de sua mãe em 2001 e mudou-se para o Espírito Santo, perdendo contato com os irmãos e filhos.

A mulher presa, uma técnica de enfermagem, afirmou que encontrou Celso morto em 2016 e, por medo, escondeu o corpo na geladeira. Ela está atualmente no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico e será reavaliada em 45 dias. Além da ocultação de cadáver, ela também é acusada de maus-tratos contra sua filha de quatro anos, que foi encaminhada ao Conselho Tutelar.

Durante o cumprimento da ordem de despejo, a mulher foi encontrada ferida e sua filha estava no apartamento, que estava em condições insalubres. A menina foi encaminhada para a casa de familiares da mãe e não tem registro de genitor. A mulher informou que o pai da criança reside atualmente no exterior.

O caso continua sob investigação e levanta questões sobre a eficácia dos mecanismos de proteção social e de segurança pública. “Temos que responder sobre o processo de conservação porque a grande dúvida da sociedade é como aquele corpo chegou naquele estágio de decomposição e não foi percebido pelos vizinhos”, disse o diretor do Instituto Médico Legal, Victor Barros.

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— osulmatogrossense (@PortalOSM) September 28, 2023