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VÍDEO: Família acusa PM de execução em morte de suspeito de briga em Ribas do Rio Pardo

Parentes afirmam que jovem estava rendido, ajoelhado e desarmado quando foi alvejado pela polícia; PM abriu inquérito para investigar a ação dos policiais

Por João Paulo Ferreira | 7 novembro, 2024 - 11:17

A morte de Werick Andrade Vito, de 23 anos, na manhã do último sábado (2), gerou grande comoção e revolta entre a família e moradores de Ribas do Rio Pardo, que acusam a Polícia Militar de ter executado o jovem durante uma abordagem. Segundo os familiares, Werick foi morto após ser rendido e sem apresentar qualquer resistência, contradizendo a versão apresentada pelos policiais, que alegaram que ele teria reagido à abordagem e empunhado uma arma.

Werick estava envolvido em um incidente ocorrido algumas horas antes, em uma boate no Bairro Vista Alegre, onde Crystofer Diogo Arguelho, de 20 anos, foi esfaqueado e morto durante uma briga. Segundo relatos, Werick estava no local com o primo do suspeito principal, um adolescente, mas não teria participado diretamente do crime. Após o homicídio, Werick e outros envolvidos fugiram do local, sendo posteriormente localizados pela Polícia Militar.

Imagens de câmeras de segurança registraram a fuga do grupo após a briga, e a polícia iniciou buscas na cidade. Durante uma operação para localizar os suspeitos, Werick foi abordado por uma viatura. Ele estava acompanhado da esposa, Jaqueline Vitória, e de um adolescente. De acordo com a versão da família, Werick se ajoelhou e levantou as mãos em sinal de rendição ao perceber a presença da polícia.

Parentes: “Ele estava desarmado e já se entregava”

Vereador de Ribas afirma que jovem foi friamente executado pela PM

Jaqueline Vitória, esposa de Werick, relatou em detalhes como o marido foi abordado. Ela afirmou que, no momento em que os policiais desceram da viatura, Werick já estava ajoelhado, com as mãos levantadas, e claramente sem qualquer arma. Ela tentou intervir, pedindo para que os policiais não atirassem, mostrando até fotos de seus filhos, na tentativa de sensibilizar os agentes. Mesmo assim, Jaqueline afirma que os policiais dispararam contra Werick à queima-roupa, sem qualquer justificativa, deixando-o morto no local.

“Eu gritei que ele não tinha feito nada, que ele era só o primo do garoto que estava envolvido na briga, e ainda mostrei as fotos dos nossos filhos. Ele estava desarmado, não tinha como reagir. Mas os policiais não deram chance, ele foi executado”, disse Jaqueline, visivelmente abalada.

Denúncias de Execução

A acusação de execução foi reforçada por Álvaro Andrade dos Santos, o ”Nego da Borracharia”, vereador da cidade e primo de Werick. Álvaro denunciou, nas redes sociais, que Werick estava completamente rendido e não ofereceu qualquer tipo de resistência. Ele questionou a atitude dos policiais, que, segundo ele, realizaram disparos desnecessários, caracterizando um abuso de poder. A denúncia foi acompanhada por imagens e um áudio de uma testemunha, uma criança de 11 anos, que estava na cena e afirmou ter visto o momento em que os policiais atiraram contra Werick sem motivo aparente.

“Ele estava de mãos para o alto, ajoelhado. Não havia motivo para atirar nele. O que aconteceu foi um crime, uma execução fria. Estamos pedindo que a justiça seja feita”, afirmou o vereador.

A família de Werick e moradores de Ribas do Rio Pardo se mobilizaram, exigindo uma investigação profunda sobre a abordagem da PM. A OAB MS foi acionada, e a comunidade promete pressionar as autoridades para que a morte de Werick seja investigada de forma transparente. A família também busca apoio de outras entidades, como o Ministério Público, para garantir que o caso não seja tratado com impunidade.

Resposta da Polícia Militar

A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul emitiu uma nota informando que o caso está sendo apurado internamente e que todos os procedimentos legais foram seguidos. Segundo a versão oficial, a PM abordou Werick e o outro rapaz, que estavam em uma motocicleta furtada, na Rua José Tiago Pontes. A polícia alegou que, durante a abordagem, Werick teria feito movimentos em direção à cintura, onde, supostamente, estaria portando uma arma de fogo. Como resultado, os policiais teriam disparado para evitar uma possível ameaça.

Além disso, a Polícia Militar abriu um inquérito policial militar para investigar a conduta dos policiais envolvidos na abordagem. Em nota, a corporação reforçou que um revólver calibre .22 foi apreendido no local, além de uma motocicleta. O inquérito será conduzido pela Polícia Judiciária Militar, que está apurando as circunstâncias da morte de Werick.

O boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar aponta que Werick foi abordado após a confusão na boate, que resultou na morte de Crystofer Diogo Arguelho. O documento relata que o jovem não teria respeitado a ordem de parada e, ao ser abordado, colocou a mão na cintura, momento em que, segundo a PM, sacou um revólver, o que teria gerado o confronto com a polícia.

No entanto, imagens de câmeras de segurança e o depoimento do irmão de Werick contradizem essa versão. De acordo com as imagens, Werick aparece ajoelhado no chão antes da aproximação dos policiais, o que levanta ainda mais dúvidas sobre a alegação de que ele estava armado ou reagiu.

A morte de Werick continua a ser investigada, e sua família segue clamando por justiça, aguardando que o inquérito esclareça a verdadeira dinâmica dos fatos e que os responsáveis por sua morte sejam devidamente responsabilizados.

Confira o vídeo:

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