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VÍDEO: Pecuarista é autuado em R$ 330 mil por deixar 65 cabeças de gado morrerem de fome

No total, 285 animais estavam em situação de maus tratos, além de erosões na propriedade

Por Redação | 19 maio, 2022 - 14:44

Um pecuarista de 49 anos foi autuado em R$ 330 mil pela Polícia Militar Ambiental por maus tratos ao gado, degradação causada à vegetação protegida de reserva legal e erosões na sua propriedade em Iguatemi, interior de Mato Grosso do Sul, na última quarta-feira (18).

Os Policiais contaram 65 animais já mortos devido à desnutrição pela falta de alimentação e 11 estavam caídos sem conseguirem levantar. Ao todo, segundo a irmã do proprietário, que acompanhou a vistoria, eram 285 animais na fazenda. O proprietário não se encontrava no local no momento da fiscalização.

A equipe verificou que a pastagem estava totalmente degradada, em grande parte apresentando somente a terra nua sem gramínea e o gado praticamente não conseguia mais retirar alimento. O proprietário rural não suplementava com outro tipo de alimento e todos os animais estavam extremamente debilitados, com partes ósseas expostas.

Para minimizar o problema, o infrator cometeu outro crime ambiental, ao abrir a área de vegetação protegida da reserva legal da propriedade para o gado comer, porém, além de degradar a vegetação, não resolveu o problema pois não havia pastagem no local e o gado rapidamente consumiu a vegetação passível de alimento.

O gado vivo foi apreendido e a Polícia Militar Ambiental manteve contato com a Agência Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) relativamente ao problema para as providências sanitárias. A equipe notificou o proprietário a remover o gado imediatamente da reserva legal da propriedade e adquirir alimentação suplementar para os animais, sob pena de poder responder por crime de desobediência e ser autuado novamente.

EROSÕES

Além dos crimes ambientais de maus tratos e degradação de área protegida de reserva legal, a PMA ainda verificou na fazenda diversos processos erosivos. Os Policiais constataram, que pela falta de atividades de conservação do solo, houve a formação de ravinas e voçorocas de dimensões variadas, inclusive, pela contribuição do pisoteio do gado, que tinha acesso a área. Os sedimentos da parte degradada das erosões eram carreados para um curso d’água nas proximidades. O proprietário foi notificado a apresentar um Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada (PRADA) junto ao órgão ambiental estadual, para a recuperação da área.

As atividades foram interditadas. Pelas infrações, a PMA autuou e multou administrativamente o infrator em R$ 285.000,00 pelos maus tratos ao gado, em R$ 25.000,00 pela degradação causada à vegetação protegida de reserva legal e R$ 20.000,00 pelas erosões, perfazendo um total de R$ 330.000,00 em multas. Ele também responderá por três crimes ambientais. Pelos maus tratos e pela degradação da reserva legal a pena é de três a um ano para cada um e, pela erosão, a pena é de um a quatro anos de reclusão.

CONFIRA O VÍDEO:

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