Por Redação | 26 abril, 2021 - 14:16
Um local onde funcionava uma rinha de galos no bairro Danúbio Azul, em Campo Grande foi denunciado ao 9º Batalhão da Polícia Militar, que acionou os Policiais Militares Ambientais de Campo Grande no último domingo (25) no final da manhã para atendimento da ocorrência. As equipes foram ao local e um homem de 51 anos identificou-se como proprietário. Ele afirmou que só criava os galos e exportava para a Bolívia para uso em rinhas, porém, o local possuía estrutura para treinamento dos animais, como é comum neste tipo de criadouro. Os Policiais verificaram no local onde eram mantidos os animais várias esporas, biqueiras artificiais, gaiolas, seringas e remédios para tratamento dos ferimentos dos galos.
Os animais eram mantidos em gaiolas de madeira e de ferro, algumas extremamente apertadas, especialmente as de madeira, com restrição de movimentos, privação de luz solar e circulação aérea inadequada, o que, por si só, caracteriza-se maus-tratos. Além disso, havia uma arena, onde eram treinados os animais para as brigas em rinhas. O material foi apreendido, além de 44 galos domésticos da espécie galo-índio (Gallus gallus domesticus). Alguns animais apresentavam diversos ferimentos na crista e peito e apresentavam-se mutilados, com as esporas cortadas.
O proprietário do local ainda mantinha em cativeiro ilegalmente dois pássaros silvestres da espécie curió em duas gaiolas, que também foram apreendidos e encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS).
O infrator, residente no local, foi conduzido à delegacia de Polícia Civil na Capital e responderá por crime ambiental de maus-tratos a animais, com pena prevista de três meses a um ano de detenção. A PMA confeccionou auto de infração administrativo e aplicou multa de R$ 22.000,00 contra o infrator. Ele também foi multado em mais R$ 1.000,00 pela manutenção dos pássaros ilegalmente em cativeiro e também responderá por este crime, que tem pena prevista de seis meses a um ano de detenção.
Os galos e as gaiolas ficaram sob responsabilidade do autuado como fiel depositário, devido à falta de local adequado para serem levados, naquele momento. Assim que se consiga um local para a destinação, todo o material será recolhido. O fiel depositário precisa manter tudo como está, sob pena de prisão e nova autuação administrativa de multa ambiental.
23 novembro, 2024
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