Por João Paulo Ferreira | 4 julho, 2023 - 12:32
Na madrugada deste domingo, a onda de distúrbios que se seguiu à morte de um jovem de 17 anos pelas mãos da polícia continuou a assolar a França, resultando em um novo episódio de violência, embora menos intenso em relação às noites anteriores. De acordo com o governo, mais de 700 pessoas foram detidas. Um dos incidentes mais graves ocorreu em L’Haÿ les Roses, uma pequena cidade nos subúrbios de Paris, onde um carro invadiu e incendiou a casa do prefeito.
O ataque resultou em ferimentos leves na esposa do prefeito, Vincent Jeanbrun, e em um de seus filhos. Em um comunicado divulgado no Twitter, Jeanbrun denunciou o ocorrido como “uma tentativa de assassinato de covardia indescritível”.
O Ministério do Interior anunciou que, durante a madrugada de domingo, um total de 719 pessoas foram detidas em todo o país por porte de objetos que poderiam ser utilizados como armas ou projéteis. Esse número representa uma diminuição em relação à noite anterior, quando 1.300 pessoas foram presas, estabelecendo um recorde desde o início dos protestos.
“Noite mais tranquila graças à ação determinada das autoridades”, afirmou o ministro do Interior, Gérald Darmanin, em uma postagem no Twitter.
Pelo segundo dia consecutivo, o ministro mobilizou 45 mil policiais e gendarmes, sendo que 7 mil estavam concentrados em Paris e nos subúrbios da capital, com reforços em Marselha, no sul, e Lyon, no centro-leste, que foram as principais cidades afetadas pelos confrontos no dia anterior.
Visita adiada O presidente francês, Emmanuel Macron, decidiu adiar sua visita à Alemanha, marcando assim sua segunda grande crise em poucos meses, após as manifestações contra sua polêmica reforma da previdência. Essa seria a primeira visita de um chefe de Estado francês ao país em 23 anos. Macron informou ao presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, que pretende permanecer na França nos próximos dias para acompanhar a situação dos protestos.
Na última terça-feira, um policial matou Nahel, de 17 anos, com um tiro quando o adolescente se recusou a obedecer às ordens de dois agentes durante uma operação de controle de trânsito em Nanterre. Esse acontecimento desencadeou uma onda de violência em todo o país. Nahel foi sepultado no sábado em Nanterre, perto de Paris, na presença de sua mãe, avó e várias centenas de pessoas. O policial responsável pelo disparo, um homem de 38 anos, está sob custódia desde terça-feira, enfrentando acusações de homicídio culposo.
Nos bairros mais populares, os jovens relembram as revoltas que abalaram a França em 2005, quando dois adolescentes foram perseguidos pela polícia e mortos.
Em Marselha, na avenida Canebière, o coração da segunda maior cidade da França, um grande número de policiais, com o apoio de unidades de elite, conseguiu dispersar os grupos que causaram caos no dia anterior.
“Essas pessoas vieram especialmente para vandalizar tudo, roubar e depois ir embora”, disse Youcef Bettahar, comerciante do shopping Whiting.
Em Paris, a polícia implementou um forte dispositivo de segurança na Avenida Champs-Élysées, onde as vitrines foram protegidas com tábuas de madeira. Na tentativa de conter a espiral de violência, muitas cidades francesas, principalmente na região de Paris, impuseram toques de recolher e proibiram a circulação de ônibus e bondes a partir das 21h.
O presidente francês, Emmanuel Macron, enfrenta sua segunda grande crise em pouco tempo, após as manifestações contra sua controversa reforma da previdência. A decisão de adiar sua visita à Alemanha evidencia a importância dada por Macron à situação atual do país. Ele expressou ao presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, seu desejo de permanecer na França nos próximos dias para acompanhar de perto os protestos em andamento.
Enquanto isso, a morte do jovem Nahel continua sendo o principal catalisador da revolta. O incidente ocorreu durante uma operação de controle de trânsito em Nanterre, quando Nahel se recusou a obedecer às ordens dos policiais. Desde então, tem havido uma onda de violência em todo o país.
Nanterre foi o local escolhido para o enterro do adolescente, que ocorreu no sábado, com a presença de sua mãe, avó e centenas de pessoas que se solidarizaram com a tragédia. O policial envolvido no incidente, um homem de 38 anos, está sob custódia e enfrenta acusações de homicídio culposo.
Os distúrbios e confrontos nas ruas da França evocam lembranças das revoltas ocorridas em 2005, quando dois adolescentes foram perseguidos pela polícia e mortos, abalando o país na época.
A resposta das autoridades francesas tem sido a mobilização maciça de forças de segurança, com milhares de policiais e gendarmes nas ruas, buscando controlar a violência e garantir a segurança dos cidadãos.
A situação continua tensa, e o governo francês está empenhado em restabelecer a ordem e promover um diálogo construtivo com a população. Espera-se que medidas sejam tomadas para abordar as questões subjacentes que contribuíram para os distúrbios, visando encontrar soluções para as demandas legítimas dos cidadãos e promover a justiça social.
A França agora aguarda os próximos desenvolvimentos, enquanto líderes políticos, autoridades e a população em geral buscam restaurar a paz e a estabilidade em meio a uma crise que expõe tensões profundas e questões sociais complexas.
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