Por João Paulo Ferreira | 5 setembro, 2023 - 9:28
Na manhã desta terça-feira (5), a Polícia Federal deflagrou a 16ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de investigar os eventos ocorridos em 8 de janeiro deste ano, quando manifestantes invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. Os alvos da operação incluem uma assessora do deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) e o empresário Rodrigo de Souza Lins (PRTB), que concorreu ao cargo de deputado estadual em 2022.
A ofensiva abrangeu um total de 53 mandados de busca e apreensão, distribuídos em seis estados brasileiros: São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Santa Catarina, Ceará e Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
No Estado de Mato Grosso do Sul, dois mandados foram cumpridos, incluindo a residência da assessora do deputado Rafael Tavares. O político reagiu publicamente à operação, afirmando que se tratava de uma perseguição política na democracia relativa do PT e que o objetivo da operação era alcançá-lo. “O PT mandou a Polícia Federal fazer busca apreensão na casa da minha assessora. É óbvio que o objetivo dessa operação é chegar até mim. Perseguição política na democracia relativa do PT. Que Deus nos abençoe e nos proteja!”, disse Tavares
A assessora teria participado do acampamento em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande, e chegou a fazer orçamento de ônibus que levariam as pessoas para manifestação.
Outro alvo da Operação Lesa Pátria é Eduardo Lins, que concorreu ao cargo de deputado estadual pelo PRTB nas eleições do ano passado. Embora tenha sido mencionado como suplente de deputado em alguns veículos de mídia nacional, não foram registrados votos computados em seu nome nas eleições do Estado.
Não é a primeira vez que membros do PRTB em Mato Grosso do Sul são alvos dessa operação. Em janeiro deste ano, a assessora do ex-deputado estadual Capitão Contar, Soraya de Mendonça Bacciotti, também foi presa em conexão com as investigações.
Além dos mandados de busca e apreensão, o Supremo Tribunal Federal determinou o bloqueio de R$ 40 milhões dos investigados que teriam contratado ônibus para transportar aqueles acusados de participar da tentativa de golpe de estado. Segundo a Polícia Federal, os fatos investigados envolvem uma série de crimes, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, e destruição e deterioração de bens especialmente protegidos.
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