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Bolsonaro critica Moraes no X após rede voltar a funcionar parcialmente

Ex-presidente usou a plataforma para atacar decisão judicial e agradecer apoio de manifestantes

Por João Paulo Ferreira | 18 setembro, 2024 - 14:28

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a publicar no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira (18), após a rede social apresentar instabilidades no bloqueio que vigorava desde o final de agosto. Aproveitando o retorno parcial da plataforma, Bolsonaro criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão da rede no Brasil. Ele também agradeceu o apoio de manifestantes que se posicionaram contra o que chamou de “censura”.

“Parabenizo a todos pela pressão que fazem as engrenagens circularem na defesa da democracia no Brasil. Desistir não é uma opção e os senhores é que alimentam um futuro próspero a nosso país”, escreveu Bolsonaro. Sem citar expressamente o nome de Moraes, o ex-presidente classificou o bloqueio do X como uma “grave violação de direitos fundamentais”, afirmando que a medida se trata de censura prévia, algo vedado pela Constituição.

Bolsonaro ainda criticou o impacto da decisão na empresa Starlink, de Elon Musk, que teria sido “punida arbitrariamente” como parte da disputa judicial. Ele afirmou que o Brasil deveria ser um “porto seguro” para investimentos e inovação, mas ações como essa afugentam investidores.

O bloqueio do X foi imposto em 30 de agosto após Elon Musk descumprir ordens judiciais e se recusar a nomear um representante legal no Brasil, conforme exige o Marco Civil da Internet. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que, apesar de usuários conseguirem acessar a plataforma, não houve nenhuma decisão judicial que permita o desbloqueio, e que segue fiscalizando o cumprimento da medida.

Há relatos de que Bolsonaro e outros usuários teriam utilizado redes VPN para contornar o bloqueio, o que, em tese, pode resultar em multa de R$ 50 mil, de acordo com a decisão de Alexandre de Moraes. Mesmo com a proibição vigente, o uso da rede social segue sendo investigado pelas autoridades.

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