Por João Paulo Ferreira | 18 agosto, 2023 - 16:10
Na manhã desta sexta-feira (18), durante a posse de Márcio Pochmann como presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), lançou declarações contundentes, alegando que o cerco contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “se fechou”. A ministra acusou Bolsonaro de ser o “mandante” de uma tentativa de fraude às urnas eletrônicas e de atentar contra a democracia brasileira.
O evento de posse, que contou com a presença do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), foi o palco para a surpreendente fala da ministra. Em um discurso emotivo, Tebet fez menção ao depoimento de Walter Delgatti à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) ocorrido no dia 8 de janeiro, bem como aos mandados de prisão recentemente expedidos pela Polícia Federal contra integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal (DF).
“Está claro, está apontado como autor, como mandante da tentativa de fraude nas urnas eletrônicas, como tentativa de fraude à decisão sempre legítima do povo brasileiro de escolher seu sucessor. Ali estava a tentativa de violar e atentar contra a democracia brasileira”, enfatizou Tebet. A ministra também citou uma famosa frase de Ulysses Guimarães, declarando que “traidor da Constituição é traidor da Pátria”, acrescentando: “Temos ódio e nojo, nojo da ditadura. Aí, digo eu: ‘a eles o rigor da lei'”.
A ministra sul-mato-grossense não poupou críticas ao ex-presidente, mencionando a possível intenção de Bolsonaro de deixar o país. “E não se enganem. Que se busque o mais rápido possível apreender o passaporte, pois quem fugiu para não passar a faixa para um presidente que foi legitimamente eleito pelo povo com certeza vai querer abandonar o Brasil para salvar a própria pele”, concluiu Tebet.
No mesmo evento, Márcio Pochmann foi oficialmente nomeado como presidente do IBGE por escolha pessoal do presidente Lula. A nomeação gerou certo mal-estar nos bastidores, visto que o instituto está sob o guarda-chuva do Ministério do Planejamento, pasta chefiada por Tebet. Inicialmente, a ministra expressou surpresa e insatisfação quanto à escolha, por não ter sido previamente consultada por Lula. No entanto, ela mais tarde elogiou a decisão do presidente e exaltou o currículo de Pochmann.
A repercussão das declarações incisivas da ministra Tebet e a nomeação de Pochmann prometem continuar a gerar debates intensos na política brasileira nos próximos dias. Enquanto isso, a nação aguarda com atenção os desdobramentos das investigações mencionadas por Tebet e o desenrolar do cenário político nacional.
26 novembro, 2024
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