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CPI do 8 de Janeiro: Defesa de Bolsonaro anuncia queixa-crime contra hacker

Depoimento impactante de Delgatti Neto expõs alegações de interferência e propostas controversas durante conversa telefônica com o ex-presidente, enquanto defesa busca reparação por supostos crimes contra a honra

Por João Paulo Ferreira | 18 agosto, 2023 - 15:39

Em um capítulo intrigante da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou sua intenção de interpor uma queixa-crime contra o notório hacker Walter Delgatti Neto. A acusação alega crimes contra a honra, incluindo calúnia e difamação, em relação ao depoimento bombástico prestado por Delgatti na mencionada sessão da CPMI, que ocorreu na última quinta-feira (17).

Os advogados do ex-mandatário sustentam que Bolsonaro foi alvo de alegações graves durante a audiência, nas quais o hacker afirmou que o ex-presidente solicitou que ele assumisse a responsabilidade por uma alegada interceptação ilegal envolvendo o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Segundo Delgatti, Bolsonaro e seus aliados também teriam instigado a simulação de um ataque fictício às urnas eletrônicas.

Em um diálogo elucidado durante o interrogatório, Walter Delgatti detalhou que, após um encontro com a deputada Carla Zambelli (PL-SP), recebeu uma ligação de Jair Bolsonaro. Durante essa conversa, o ex-presidente teria alegado que “agentes estrangeiros” estavam por trás de escutas ilegais direcionadas a Alexandre de Moraes. O hacker afirmou que, embora não tivesse acesso ao suposto grampo, concordou em acatar o pedido de Bolsonaro para se responsabilizar pelo suposto dispositivo de vigilância usado no monitoramento de Moraes. Delgatti revelou detalhes perturbadores, relatando que Bolsonaro teria oferecido um indulto em troca e até mencionou a possibilidade de interferir judicialmente caso Delgatti fosse detido.

As revelações chocantes, feitas por Delgatti, têm o objetivo de provocar uma reação contra o ministro Alexandre de Moraes e induzir a convocação de uma nova eleição, desta vez buscando a adoção do controverso “voto impresso”, uma modalidade que foi rejeitada pelo Congresso Nacional no ano de 2021.

Enquanto a controvérsia continua a envolver figuras proeminentes do cenário político, a CPI do 8 de Janeiro permanece no centro das atenções, lançando luz sobre detalhes antes obscuros e incitando debates fervorosos sobre as fundações democráticas do país.

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