Por João Paulo Ferreira | 11 agosto, 2021 - 16:52
O arquivamento da PEC do Voto Impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19) pela Câmara dos Deputados motivou falas na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, durante sessão ordinária desta quarta-feira (11).
O assunto foi puxado pelo deputado Amarildo Cruz (PT), que comemorou a rejeição do plenário, por não ter atingido o mínimo de 308 votos favoráveis. Segundo a Agência Câmara foram 229 votos favoráveis, 218 contrários e 1 abstenção. “Essa pauta já foi discutida intensamente pela população e quero parabenizar os parlamentares que votaram pelo arquivamento. Já trabalhei em diversas eleições e vi como o voto eletrônico foi o aperfeiçoamento da democracia”, afirmou o deputado.
Amarildo Cruz relembrou que o voto eletrônico é um mecanismo perfeitamente auditável, fiscalizável, com controle da Justiça. “Antigamente se colhia a urna e se carregava para o local de apuração debaixo de braço. Cansei de assinar ocorrência de urna que se desviava. Tinha um defeito claro no exercício da democracia. Hoje somos referência no mundo e agora vamos também ser seletivos no uso da tecnologia? A decisão preserva aquilo que temos mais caro no país e tem que ser defendida por qualquer político sério. Se não é como discutir se a terra é plana”, considerou.
Já o deputado Capitão Contar (PSL) lamentou a postura da maioria dos deputados federais. “Como cidadão e eleitor, me senti envergonhado e desrespeitado, pois vimos a vontade política e ideológica sobrepujar a vontade popular. Tenho certeza que se o povo brasileiro pudesse registar seu voto nesta matéria, apoiaria em peso o voto impresso auditável”. Para a deputada Mara Caseiro (PSDB) vivemos num País democrático e cada um defende o que acredita. “Embora eu defenda o voto impresso auditável, respeito a decisão da Câmara”, finalizou.
Feito com amor ♥ no glorioso Estado de Mato Grosso do Sul - Design por Argo Soluções