‘É coisa de preto, né?’: Vereador é cassado por racismo

O vereador Camilo Cristófaro (Avante), da Câmara de São Paulo, foi cassado no final da tarde da última terça-feira (19) por quebra de decoro parlamentar. A decisão ocorreu após denúncia de racismo feita em maio de 2022. Dr. Adriano Santos (PSB) assumirá a vaga deixada por Cristófaro.

O resultado da votação foi contundente: nenhum parlamentar votou pela absolvição de Cristófaro. Dos 52 vereadores presentes, 47 votaram a favor da cassação e cinco se abstiveram. O caso marca um marco histórico, tornando Cristófaro o primeiro político a perder o mandato por racismo na história de São Paulo.

Contexto do Caso

O incidente que levou à denúncia ocorreu durante uma audiência pública na Câmara dos Vereadores, que contou com a participação de Claudia Woods, ex-CEO da Uber, e Thiago Henrique Lima, sócio da empresa de motofrete THL. Cristófaro, participando remotamente, deixou seu microfone aberto e fez um comentário racista.

A Fala Polêmica

O vereador disse: “varrendo com água na calçada… é coisa de preto, né?”. Inicialmente, Cristófaro tentou se defender alegando que falava sobre higienização de carros. No entanto, posteriormente mudou sua versão e admitiu a fala racista, alegando que estava brincando com um amigo.

Repercussão e Consequências

A cassação de Cristófaro não apenas encerra seu mandato como vereador, mas também o coloca em uma posição histórica indesejada. Ele se torna o primeiro político a ser cassado por racismo na cidade de São Paulo, um fato que pode ter implicações significativas para futuros casos de conduta inadequada no cenário político.

Próximos Passos

Com a cassação de Cristófaro, Dr. Adriano Santos (PSB) assumirá a vaga. A decisão unânime da Câmara de Vereadores envia uma mensagem clara de que comportamentos discriminatórios não serão tolerados no ambiente político da cidade.