Por João Paulo Ferreira | 11 novembro, 2019 - 9:50
A fronteira entre Brasil e Bolívia, em Corumbá, a 415 quilômetros de Campo Grande, completa 20 dias fechada nesta segunda-feira (11). Mesmo com a renúncia do presidente boliviano Evo Morales, que era o pedido dos manifestantes, a passagem de veículos entre os dois países continua impedida.
Um caminhão atravessado em frente à aduana, entulhos e outros veículos impedem a passagem pelo posto fiscal. Somente é permitida a travessia a pé.
Por causa da manifestação de bolivianos, o comércio de Corumbá registra prejuízos. Segundo a Associação Comercial e Industrial do município, a perda é de R$ 300 mil diariamente. Além disso, 40 transportadoras internacionais estão sendo afetadas.
Grupos de manifestantes na Bolívia estão se posicionando também contra o segundo colocado nas eleições presidenciais do país, Carlos Mesa. Esses manifestantes chegam a propor uma nova eleição em que seja proibida a participação dos dois candidatos mais votados. Os protestos por essa proposta se concentraram em La Paz e em Cochabamba.
Os protestos começaram na madrugada do dia 23, alguns dias depois das eleições presidenciais bolivianas. O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia anunciou em 26 de outubro a reeleição de Evo Morales com apuração de 100% das urnas.
A eleição ocorreu em 20 de outubro. O processo teve uma polêmica, já que havia dois métodos de apuração: um deles, o preliminar, era mais rápido, enquanto o outro, voto a voto, transcorria mais lentamente.
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