Gabinete de crise é criado para monitorar violações de direitos dos guarani kaiowá

O Ministério dos Povos Indígenas anunciou na terça-feira (26) a formação de um gabinete de crise. O objetivo é monitorar as violações de direitos enfrentadas pelos guarani kaiowá na região Sul de Mato Grosso do Sul. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e surge como resposta aos conflitos frequentes entre indígenas e fazendeiros na área.

Um vídeo feito por crianças das comunidades Bororó e Jaguapiru, localizadas em Dourados, ganhou atenção nas redes sociais. No vídeo, as crianças imploram por água, evidenciando a recorrência de problemas de abastecimento. Segundo moradores locais, a situação se agrava nos meses de seca, entre agosto e setembro.

O gabinete terá um período de atuação de 180 dias e realizará reuniões quinzenais. Esses encontros poderão ser presenciais ou via videoconferência, de acordo com o decreto.

O grupo de trabalho será composto por cinco órgãos e suas decisões serão tomadas por maioria simples. O decreto estabelece que o gabinete deve elaborar um diagnóstico da situação de violência e violação de direitos na região, além de sugerir medidas concretas para a resolução dos conflitos.

A medida foi assinada pelo secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, e entrou em vigor imediatamente.