Governo Lula planeja gastar R$ 71,3 mil em tapetes ecológicos para palácios presidenciais

Tapete persa que decorava entrada da residência oficial do presidente Michel Temer, em 2017

O Palácio do Planalto planeja gastar até R$ 71,3 mil na compra de dez tapetes de sisal de fibras naturais para redecorar os Palácios do Planalto e do Alvorada, residência oficial do presidente Lula e da primeira-dama Janja.

O governo federal justifica a troca dos tapetes para “melhorar a ambientação das salas e gabinetes” dos prédios presidenciais. Os tapetes serão instalados em áreas de circulação e de recepção dos dois imóveis. O edital foi publicado em 9 de junho, com o certame marcado para 20 de junho.

O estudo técnico que embasa a compra destaca a escolha do sisal, apesar do custo mais elevado, devido à sua biodegradabilidade e facilidade de decomposição. “O sisal, por ser uma fibra natural, se decompõe rapidamente e pode se transformar em adubo, enquanto fibras sintéticas podem levar até 150 anos para se decompor,” explica o documento.

Além dos benefícios ambientais, o governo enfatiza a capacidade de isolamento acústico dos tapetes de sisal. “Os fios densos absorvem melhor o som no ambiente, proporcionando uma melhor ambientação às salas e gabinetes dos Palácios Presidenciais,” detalha o estudo.

Dos dez tapetes adquiridos, o mais caro tem borda de chenille e mede 6,95 metros por 13,40 metros, cobrindo uma área de 93,12 metros quadrados, com um custo de R$ 17,2 mil. A segunda peça mais cara mede 4,92 metros por 7,27 metros, com área total de 35,77 metros quadrados, custando R$ 7,2 mil, com duas unidades previstas.

O item mais econômico do processo licitatório é um tapete de três metros quadrados, custando R$ 788.