Lula retira dreno, avança na recuperação e mantém atividades presidenciais no hospital

Foto: Gabriela Biló

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em recuperação no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após passar por duas cirurgias para tratar um hematoma intracraniano. Na noite da última quinta-feira (12), Lula teve o dreno retirado da cabeça, procedimento realizado sem intercorrências, segundo o boletim médico divulgado pelo hospital.

Estado de saúde e procedimentos realizados

Lula foi submetido, na manhã de quinta-feira, a um procedimento endovascular de embolização da artéria meníngea média, realizado com sucesso. Essa intervenção foi planejada para minimizar o risco de novos sangramentos intracranianos. Na parte da tarde, ele passou por novos exames laboratoriais, e, no início da noite, o dreno colocado na madrugada de terça-feira (10) foi removido.

De acordo com o boletim médico, Lula permanece lúcido e orientado, conversando normalmente, alimentando-se bem e recebendo visitas de familiares. A equipe médica responsável pela sua recuperação é liderada pelo cardiologista Roberto Kalil Filho e pela infectologista Ana Helena Germoglio.

A expectativa é que o presidente deixe a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta sexta-feira (13) e continue sua recuperação em um quarto, sob monitoramento médico. A alta hospitalar está prevista para o início da próxima semana.

Atividades presidenciais durante a internação

Mesmo hospitalizado, Lula continuou realizando algumas atividades administrativas em ritmo reduzido. Ele sancionou, por meio eletrônico, o projeto de lei que cria o mercado de carbono no Brasil. A sanção foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira. O texto estabelece o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), regulamentando atividades que emitam mais de 10 mil toneladas de CO2 equivalente por ano.

Além disso, Lula utilizou o celular da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, para realizar chamadas com ministros e assessores. Ele conversou com o vice-presidente Geraldo Alckmin e com o ministro Rui Costa (Casa Civil), abordando assuntos relacionados ao andamento das pautas do governo.

Contexto do quadro clínico

A internação de Lula foi necessária após queixas de dores de cabeça, quando uma hemorragia intracraniana foi detectada. O quadro é consequência de uma queda sofrida pelo presidente em outubro, na qual bateu a cabeça no banheiro e precisou levar pontos na nuca.

Os dois procedimentos realizados — a drenagem do hematoma e a embolização — foram considerados suficientes para resolver o problema e prevenir novos sangramentos. Segundo os médicos, Lula está apto a exercer suas funções, mas deve evitar esforços e seguir orientações para uma recuperação tranquila.

Declarações e apoio

Janja tem acompanhado Lula durante todo o período de internação e destacou, nas redes sociais, a evolução positiva do quadro de saúde do presidente. “Ele está muito bem, e em breve estaremos em casa, curtindo e sorrindo com nossas filhas de quatro patas”, escreveu.

O boletim médico tranquilizou também a equipe presidencial, que acompanha a recuperação à distância e evita contato direto para não interromper o repouso necessário. A previsão é que, após retornar a Brasília, Lula continue despachando do Palácio da Alvorada por pelo menos uma semana antes de retomar plenamente suas atividades presenciais.