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PF conclui que Trutis ‘fingiu’ atentado e pede indiciamento ao Supremo

Se inverdade for comprovada, o parlamentar responderá por quatro crimes

Por Viviane Freitas | 18 junho, 2021 - 16:05


A conclusão da investigação da Polícia Federal sobre o suposto atentado do deputado Loester Carlos, o Trutis (PSL) em janeiro do ano passado, é que o parlamentar ‘fingiu’ ter sido atacado a tiros para forçar a PF a “perder tempo” apurando o ocorrido. O relatório diz que se a inverdade for comprovada, o parlamentar terá cometido pelo menos quatro crimes, como falsa comunicação de crime, porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo e dano ao patrimônio privado.

O relatório do inquérito foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) no dia 15 deste mês e  desde o dia 16 está no gabinete da ministra Rosa Weber, que analisará as provas juntadas e decidirá se Trutis será indiciado ou não.  A informação está disponível no sistema on-line de consulta da Corte.

Por ter foro privilegiado, todos os passos da investigação contra o parlamentar  têm de ser analisados pelo Supremo se autorizado o indiciamento, caberá a PGR (Procuradoria-Geral da República) oferecer denúncia contra o deputado.

ENTENDA O CASO

Segundo o deputado relatou à polícia em fevereiro do ano passado, o carro em que estava com o assessor foi alvejado na manhã do dia 16 de fevereiro, na BR-060, entre Campo Grande e Sidrolândia. Na época, Trutis usou as redes sociais para divulgar o ocorrido e também disse que não daria entrevistas.

Ele contou que seguia, com o seu motorista, de Campo Grande para Sidrolândia, quando ambos foram alvos de disparos. Eles identificaram ao menos cinco marcas de tiros no carro. Não houve feridos.

Trutis disse que, para se defender, revidou aos disparos e os suspeitos fugiram. O parlamentar e o motorista foram retirados da rodovia com apoio do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) de Mato Grosso do Sul.

A desconstrução da versão de Trutis começou quando os policiais federais não encontram nenhum vestígio de troca de tiros nem vidros quebrados na altura do quilômetro 374 da BR-060. Nem sinais de frenagem havia no asfalto no local indicado pelas supostas vítimas.

Pelo GPS do automóvel, um Toyota Corolla, os federais descobriram o trajeto feito pelo deputado  na manhã de domingo. Eles percorreram duas estradas vicinais de terra na região da BR-060 e ainda pararam. Neste local, os policiais encontraram projéteis de arma de fogo e vidros quebrados.

“Informação policial nº 004/2020 (fls. 377-89): apresenta mapas com pontos de marcação da localização geográfica do veículo, sequenciando seu deslocamento e demonstrando que ele foi conduzido por duas estradas vicinais, sem asfalto, localizadas próximas à BR 060, permanecendo parado, com a ignição desligada, em uma delas (fato não informado pelos investigados CIRO e LOESTER às autoridades policiais)”, observou a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, no despacho de 26 de outubro deste ano.

A defesa do parlamentar chegou a pedir por duas vezes que o inquérito fosse “encerrado” sob o argumento de que as investigações estavam sendo conduzidas de forma irregular, mas os dois pedidos feitos aos STF foram negados.

*Atualização 16h30*

Em resposta ao O Sul Mato Grossense, o deputado Loester Carlos diz:

“Afirmo que o inquérito tem motivação política ideológica do Delegado Gluaber. O mesmo tem interesse pessoal no não esclarecimento do crime. A investigação é cheias de erros grosseiros o que leva a acreditar que também há interesse em proteção do verdadeiro culpado”, finaliza.

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