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PF e CGU investigam fraudes em licitações na Prefeitura de Corumbá

Operação João Romão apura irregularidades em contratos públicos que somam mais de R$ 12 milhões

Por João Paulo Ferreira | 3 julho, 2024 - 17:49

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) deflagraram nesta quarta-feira (3) a Operação João Romão, com o objetivo de investigar fraudes em licitações promovidas pela Prefeitura de Corumbá (MS). As investigações apontam irregularidades em contratos que totalizam mais de R$ 12 milhões, dos quais cerca de R$ 6 milhões envolvem repasses de recursos federais, principalmente para obras na área de esportes.

As apurações começaram em 2021, quando a PF recebeu informações sobre possíveis irregularidades e solicitou uma auditoria à Controladoria Regional da União no Mato Grosso do Sul. A auditoria revelou que pelo menos duas obras públicas foram direcionadas indevidamente para uma empresa vinculada ao atual secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos. A empresa venceu diversos processos licitatórios da pasta, mesmo sem apresentar capacidade financeira e técnica adequada.

A operação, que cumpre 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Corumbá e Campo Grande, envolve 52 policiais federais e sete servidores da CGU. Os alvos incluem o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, servidores comissionados e efetivos envolvidos nas autorizações e fiscalizações das obras, além de pessoas ligadas às empresas investigadas.

Corumbá, com uma população de cerca de 96 mil habitantes, dos quais 37% têm rendimento mensal per capita de até meio salário mínimo, é uma cidade que depende significativamente de políticas sociais. A má utilização dos recursos públicos destinados às obras de infraestrutura afeta negativamente a população mais vulnerável do município.

A PF e a CGU, por meio da plataforma Fala.BR, incentivam a população a denunciar quaisquer irregularidades relacionadas a esta ou outras operações. As denúncias podem ser anônimas e submetidas eletronicamente, seguindo as orientações disponíveis no site da CGU.

A operação João Romão segue em andamento, e novos desdobramentos são esperados à medida que mais informações sejam coletadas e analisadas.

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