Por Redação | 24 fevereiro, 2021 - 14:15
Um polêmico projeto encaminhado pelo prefeito da cidade de Dourados, Alan Guedes (PP) e aprovado pela Câmara Municipal na noite de ontem (22) visa permitir que servidores cedidos por outros órgãos recebam o acréscimo até 60% do valor da remuneração do cargo comissionado à sua remuneração. Com isso alguns secretários e diretores de autarquias poderão receber salários superiores ao do próprio prefeito.
De acordo com uma planilha que circulou ontem durante a apreciação do PLC, o salário do Secretário Diretor da FUNSAUD (DGA 1), por exemplo, será de R$ 12.500 + 50% do salário pago na pasta atualmente que é R$ 9.663,15, ou seja, R$ 12.500 + R$ 6.250= 18.750,00, sendo superior ao salário do prefeito Alan Guedes que é de R$ 13.804,56.
Serão beneficiados com a medida entre outros, os secretários municipais com até 60 por cento, procurador geral, diretor presidente de autarquias, administrativos e técnicos da FUNSAUD, IMAN, AGEHAB e AGENTRAN com 50 por cento dos seus vencimento.
A vereadora Daniela Hall (PSD) votou de forma favorável ao projeto e disse que, apesar de ser um tema difícil, “nós temos que enfrentar a opinião pública e dar esse voto de confiança para o prefeito Alan Guedes”.
Já para a vereadora Lia Nogueira (PP), o projeto não foi bem recebido. Mesmo tendo sido eleita no mesmo partido do prefeito Alan Guedes, Lia votou contra o projeto. “Votei contra primeiro porque, um projeto tão polêmico como este deveria ser melhor analisado. Isso não ocorreu, o Executivo encaminhou o requerimento de pedido de urgência a “toque de caixa”. Outra questão, o projeto irá impactar sim na folha do município! O Governo Federal por exemplo, não faz cedência de servidor com ônus para a União. No caso específico de alguns secretários cedidos por entidades federativas, o ônus fica com o cessionário, no caso o Município. Também não haverá isonomia salarial, o que é um ponto conflitante com secretários técnicos e todos do primeiro escalão. Por fim, votei contra porque nossa cidade enfrenta uma crise sem precedentes com a saúde em colapso, salários escalonados e portanto, não é momento para conceder gratificações!”, disse a vereadora ao O Sul Mato Grossense.
Com informações do site MS EM FOCO.
25 abril, 2024
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