PSL pune 18 deputados ligados a Bolsonaro e Loester Trutis participa de reunião

Deputado Loester Trutis (PSL) em mesa que teria votado por unanimidade a suspensão dos políticos do partido que seguiram Bolsonaro. Trutis nega voto

O Diretório Nacional do PSL acatou a recomendação da Comissão Executiva da legenda e decidiu suspender as atividades partidárias de 14 deputados da ala da legenda alinhada com o presidente Jair Bolsonaro, que deixou a sigla em novembro após uma crise interna no partido comandado por Luciano Bivar.

Segundo postou em suas redes sociais o deputado federal pelo Paraná Filipe Barros, que foi eleito pelo PSL e que está na lista dos suspensos, o deputado federal eleito pelo Mato Grosso do Sul, Loester Trutis, que aparece em uma foto onde Barros afirma presentes na votação que, unanimemente, suspendeu os políticos que foram fiéis ao presidente Jair Bolsonaro.

“O PSL nacional acaba de suspender as atividades partidárias de todos os deputados leiais ao Presidente Jair Bolsonaro. Nosso crime? Pedir transparência nas contas e nas decisões e tirar o Delegado Valdir da liderança do partido após ele dizer que nosso Presidente é VAGABUNDO” bradou Filipe Barros em seu twitter.

Ao O Sul Mato Grossense o deputado disse que estava à mesa durante a reunião, mas que não votou “Estava na reunião. Fui convidado a mesa por ser parlamentar. Não voto. Não sou do Conselho de ética” explicou.

Em sua conta no Facebook, Loester Trutis havia confirmado que todo o PSL continuaria votando junto com o governo Bolsonaro. “Todo PSL vota com 100% com o governo e continuará votando onde quer que o presidente esteja” afirmava o deputado. Segundo ele, a decisão nacional do partido não desabona a afirmação postada “Uma coisa é briga por liderança e fundo partidário, outra é plano de governo.100% do PSL vota no Plano de Governo” finaliza.

Além de do deputado sul-mato-grossense Loester Trutis, é possível ver na foto os deputados federais Delegado Pablo (AM), Professora Dayane Pimentel (BA), Júnior Bozzella (SP), Joice Hasselmann (SP) e Luciano Bivar (PE), que também é presidente nacional da sigla

O Diretório Nacional do PSL também aprovou a dissolução do diretório estadual do partido em São Paulo. Com isso, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) deixa de ser presidente do partido no Estado. Bozzella é o mais cotado para assumir o posto.

Além disso, o filho do presidente recebeu uma das maiores punições, tendo suas atividades partidárias suspensas por 12 meses. Com isso, ele deve ser destituído do cargo de líder do PSL na Casa comandada por Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Ao todo, 14 deputados tiveram suas atividades suspensas, quatro foram advertidos e apenas dois tiveram seus processos arquivados. Luiz Ovando, do Mato Grosso do Sul, foi um dos dois com o processo arquivado e permanece com as atividades normais do cargo e no partido.

Os parlamentares bolsonaristas devem recorrer da decisão, alegando que foram vítimas de perseguição partidária durante a crise interna do PSL.

Confira a lista dos deputados: