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Soraya Thronicke deixa o X após conflito entre Elon Musk e STF e recebe críticas de apoiadores de Bolsonaro

Senadora abandona rede social e provoca alvoroço entre apoiadores e críticos

Por João Paulo Ferreira | 10 abril, 2024 - 15:47

Foto: Jefferson Rudy – Agência Senado

A senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke, filiada ao partido Podemos, comunicou na terça-feira, 9 de abril, que irá abandonar a plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, em virtude das recentes desavenças entre Elon Musk, proprietário da rede, e o ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF). Thronicke, que ganhou destaque ao início de seu mandato por sua postura crítica ao Poder Judiciário, incluindo a proposta da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga em 2019, manifestou sua decisão em tom de despedida, mencionando que continuará ativa em outras redes sociais e meios de comunicação.

Durante seu primeiro ano de mandato pelo PSL, Thronicke se notabilizou por ser a única representante do Mato Grosso do Sul a apoiar o pedido para a criação da CPI da Lava Toga, que buscava investigar membros do Judiciário, porém a investigação não avançou. Reconhecida por seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a senadora também se manifestou contra o inquérito das fake news conduzido pelo STF e defendeu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Agora, com sua saída do X, apoiadores de Bolsonaro celebraram o movimento, evidenciando a mudança de alianças e posturas políticas. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos que ironizou a decisão da senadora, agradecendo a Elon Musk por sua influência no ocorrido.

https://twitter.com/nikolas_dm/status/1777673872432636001

Elon Musk tem intensificado suas críticas a figuras políticas brasileiras, como Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chegando a rotular Moraes como “ditador do Brasil” e acusá-lo de manipular o presidente. Em resposta, Moraes incluiu Musk como investigado no inquérito das milícias digitais, instaurado em julho de 2021 para apurar ações antidemocráticas, e abriu uma nova investigação para examinar possíveis crimes de obstrução à Justiça e incitação ao crime cometidos pelo empresário.

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