Por João Paulo Ferreira | 22 agosto, 2023 - 16:18
A Polícia Federal emitiu uma intimação para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestar depoimento como parte da investigação que envolve empresários bolsonaristas que participaram de um grupo no WhatsApp, no qual foram trocadas mensagens que levantavam a hipótese de um golpe em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores) nas eleições. A investigação é conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e parte das informações já foi arquivada.
O inquérito diz respeito a mensagens trocadas por empresários como Meyer Nigri, da Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan, que, de acordo com as revelações do site Metrópoles, discutiram a possibilidade de um golpe caso Lula fosse eleito. Após a divulgação dessas mensagens, os participantes negaram qualquer intenção de conspiração golpista.
O caso ganhou destaque quando a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra os empresários em agosto de 2022, após autorização de Moraes. Na época, a decisão se baseou principalmente nas reportagens sobre as conversas de teor golpista, sem a realização de outras diligências preliminares.
A intimação do ex-presidente Jair Bolsonaro está relacionada às conversas encontradas no celular de Meyer Nigri, assim como à relação entre Bolsonaro e Luciano Hang. Em uma das conversas entre Bolsonaro e Nigri, o presidente solicita que ele dissemine uma mensagem que sugeria, sem evidências, uma possível fraude no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O ministro Alexandre de Moraes optou por arquivar as investigações em relação a empresários como José Isaac Peres (Multiplan), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Sierra), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Bandeira (Coco Bambu), citando a ausência de provas substanciais nos diálogos apreendidos. No entanto, Moraes manteve as investigações sobre Meyer Nigri, alegando que há indícios de vínculo entre o empresário e Bolsonaro, especialmente no que diz respeito à disseminação de notícias falsas.
26 novembro, 2024
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