Por João Paulo Ferreira | 10 dezembro, 2024 - 14:32
O vereador Claudinho Serra (PSDB) protocolou na última segunda-feira (9) mais um atestado médico na Câmara Municipal de Campo Grande, garantindo sua permanência afastado das funções legislativas. O presidente da Mesa Diretora, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), confirmou a informação.
Serra, detido em abril na terceira fase da Operação Tromper, já acumula oito meses sem comparecer às sessões legislativas. Ele foi apontado como líder de um esquema de corrupção enquanto ocupava o cargo de secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia, durante a administração de sua sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP). A denúncia foi aceita em abril pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, tornando Serra e mais 21 pessoas réus no caso.
Quinto atestado consecutivo e afastamento pelo INSS
Desde sua prisão e posterior liberação no dia 26 de abril, mediante uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, este é o quinto atestado apresentado pelo vereador. As licenças sucessivas permitiram que ele evitasse a perda do mandato, já que o regimento da Casa prevê a cassação apenas após dez faltas consecutivas, e faltam apenas quatro sessões para o encerramento do ano legislativo.
Além de assegurar o mandato, o novo atestado possibilita que Serra continue recebendo pelo INSS, uma vez que, após 15 dias de licença médica, o pagamento é transferido à autarquia previdenciária.
Histórico do caso
Logo após ser liberado da prisão, Serra apresentou um atestado inicial de 30 dias, alegando abalo psicológico. Em seguida, solicitou licença não remunerada de 120 dias, período em que o suplente Gian Sandim assumiu sua cadeira parlamentar após disputas judiciais.
Ao término da licença, em 12 de setembro, Claudinho Serra apresentou novos atestados, sendo o quinto o mais recente. Segundo o vereador Carlão, os pagamentos continuam a cargo do INSS após a primeira quinzena de afastamento médico.
Julgamento de tornozeleira em pauta
Nesta terça-feira (10), o pedido de Habeas Corpus de Serra, que busca a retirada da tornozeleira eletrônica, será analisado pela 2ª Câmara Criminal. A defesa do vereador fará sustentação oral presencial durante o julgamento.
11 dezembro, 2024
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