Por Redação | 24 maio, 2022 - 16:31
Suspeito de jogar bebê no chão e agredir a esposa a chineladas, o vereador Diego Candido Batista, conhecido como Diego Carcará (PSD), teve o pedido de cassação arquivado. A votação ocorreu, nesta terça-feira (24), na casa de leis em Fátima do Sul. Foram oito votos contra, um à favor e um nulo.
O processo que tramitava em nome de Diego era por quebra de decoro. A comissão processante foi instalada em março deste ano.
Há época do pedido de cassação, os vereadores, Silvana Vasconcelos e Nilsinho Construtor, disseram que havia evidências que embasavam o pedido. “Como sabido por todos, o ilustre vereador se envolveu em grave episódio de violência doméstica contra mulher e permaneceu, por esta razão, um mês preso preventivamente por ordem do Juízo da Vara Criminal da Comarca de Fátima do Sul. Ainda terá de responder o processo criminal pelos mesmos atos. Tudo isso cria um enorme desgaste para nome desta Câmara Municipal”, detalharam no requerimento.
Diego Cândido Batista (PSD) foi o terceiro vereador mais votado em Fátima do Sul — Foto: Redes sociais/ Reprodução
O vereador Diego Carcará foi preso em flagrante após derrubar o filho no chão e agredir a esposa e a enteada a “chineladas” no dia 23 de janeiro. De acordo com o registro da ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 21h30 para ir à residência do casal. A esposa contou que o marido tinha voltado de uma viagem, quando os dois tiveram uma discussão.
Segundo ela, o casal e os 4 filhos passaram o domingo com familiares, e Diego teria consumido bebida alcoólica durante todo o dia. Ao chegar em casa, o vereador deixou o filho bebê cair no chão, o que motivou o início da briga.
Em depoimento, a mulher relatou que pediu para que a filha, de 12 anos, enteada do vereador, pegasse a criança e tentasse acalmá-la em outro cômodo da casa, mas o parlamentar foi atrás da adolescente e pegou novamente a criança.
A mulher afirma que o vereador só largou o filho no momento em que partiu para cima da enteada e a atingiu com uma chinelada no ombro. Ao tentar defender a filha, a mulher também foi agredida com chineladas no rosto.
O vereador afirma que a esposa “partiu para cima” e ele tentou se defender. Na época, Diego Cândido foi preso por lesão corporal e ficou em silêncio durante o depoimento.
Diego ficou preso por 19 dias, sendo 15 deles na penitenciária estadual de Dourados. Após a liberdade, o vereador passou a cumprir medidas protetivas que impedem que ele chegue próximo da, até então, esposa.
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