Zeca do PT deve ter apoio de Lula em candidatura ao governo do MS

O Partido do Trabalhadores não deve ter mais do que 10 ou 12 candidatos a governador em 2022. Em conversas com dirigentes estaduais e com o comando nacional da sigla, Lula tem reiterado que o PT precisa se empenhar em construir chapas completas com deputados federais e senadores.

E um desses candidatos deve ser um velho conhecido do povo sul-mato-grossense: José Orcírio Miranda, o Zeca do PT, que já foi governador por dois mandatos no estado, entre 1999 e 2007.

Dentro do partido, o nome de Zeca já está definido como principal candidato. O deputado Pedro Kemp (PT), afirmou que o ex-governador tem o apoio dos petistas.

“Ele inclusive fez uma reunião com algumas lideranças do nosso partido e colocou seu nome a disposição. Nós entendemos que a sua candidatura contribui muito para fortalecer a nossa chapa e também fortalecer a candidatura do presidente Lula aqui no nosso Estado”, disse o deputado ao Correio do Estado.

A discussão agora é escolher uma candidata a vice-governador “mais representativa”, como afirmou a vereadora da Capital, Camila Jara (PT).

“Entendo que o PT precisa oxigenar alguns quadros e ampliar debates. Lá dentro temos disputas internas e quem sabe podemos ter uma vice mais representativa”, disse.

Contudo, afirmou que seu nome não está sendo cogitado ao cargo.

“Não tenho interesse no executivo. Mas dentro do PT temos varias mulheres competentes e muito bem colocadas e preparadas para enfrentar esse desafio”, relatou.

Zeca também já foi vereador por Campo Grande, deputado estadual e deputado federal por Mato Grosso do Sul.

Entre os prováveis candidatos petistas a governador estão também Fernando Haddad, em São Paulo, Jaques Wagner, na Bahia, Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte e Rogério Carvalho, em Sergipe.

O principal objetivo de Lula é chegar a 2023 com a maior bancada da Câmara. Uma das estratégias do PT será investir em campanhas para convencer o eleitor a priorizar o voto de legenda.

Outra ideia é buscar lideranças femininas, no movimento negro e na comunidade LGBT. O PT entende que pode aproveitar o sucesso que os candidatos do PSOL fizeram nas eleições municipais e atrair os votos de eleitores preocupados com a diversidade e as minorias.