Por João Paulo Ferreira | 21 outubro, 2023 - 16:43
O câncer de mama, uma doença geralmente associada às mulheres, está se tornando cada vez mais comum entre os homens. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2021, o Brasil registrou 220 óbitos masculinos causados por essa enfermidade, um aumento de 8% em relação aos 207 óbitos de 2020. Este aumento na mortalidade está levando especialistas a pedirem maior conscientização sobre a doença entre o público masculino.
De acordo com Thaís R. Daltoé Inglez, mastologista e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, regional MS, os sintomas do câncer de mama em homens são semelhantes aos das mulheres. Incluem a presença de um nódulo no peito, alterações na pele da mama e secreção do mamilo. A especialista enfatiza a importância da prevenção e de não ignorar os sintomas. “O atraso no diagnóstico é o que aumenta o número de óbitos. A falta de conhecimento que a doença também pode acometer homens faz com que essa população acabe ignorando a doença,” alerta Thaís.
O câncer de mama em homens está muitas vezes associado a mutações genéticas que também estão relacionadas a outros tipos de câncer. “Quando aparece a doença, ela é de desenvolvimento rápido e mais agressivo. O atraso no diagnóstico aumenta mortes,” pontua a médica.
O rastreamento, que em mulheres é recomendado a partir de certa idade com exames anuais, não é tão rigoroso entre os homens. Entretanto, indivíduos com histórico familiar de câncer até a segunda geração devem estar mais atentos. O autoexame regular das mamas também é uma prática recomendada para a detecção precoce da doença.
A médica recomenda que, além do autoexame das mamas, o autoconhecimento corporal é vital para a prevenção. “Um conhecimento básico da saúde e das alterações pode ser suficiente para prevenir ou diagnosticar mais precocemente inúmeros problemas de saúde, evitando complicações no futuro,” ela sugere.
Este crescimento nos casos de câncer de mama em homens é um chamado à ação para as autoridades de saúde e o público em geral. A conscientização é o primeiro passo para diminuir as taxas de mortalidade causadas por essa doença ainda pouco discutida entre os homens.
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