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BA.2: subvariante da ômicron, pode se tornar predominante? confira;

Conforme o infectologista Julio Croda, quem foi contaminado pela cepa original da Covid continua suscetível a contrair a doença de novo pela nova linhagem

Por Viviane Freitas | 17 fevereiro, 2022 - 11:50

Classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a cepa Ômicron possui ainda um grande número de mutações.  De acordo com o infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda, a subvariante BA.2 pode se tornar a mais predominante nas próximas semanas.

“A tendência é de que essa cepa seja mais contagiosa, mas com pouco impacto em mortes e internações”, afirmou Croda.

De acordo com o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs), até esta quarta-feira, foram detectados doze casos da sublinhagem BA.2 da Ômicron no Brasil, no estado de São Paulo (7), Rio de Janeiro (3), Santa Catarina (1) e Minas Gerais (1).

Conforme o infectologista, quem for contaminado pela cepa original continua suscetível a contrair a doença novamente pelas novas linhagens de subvariantes.

“A melhor combinação é vacina com infecção, isso garante uma proteção mais duradoura”, afirmou Croda.

Segundo o especialista, ainda é incerto o tempo de duração deste tipo de imunidade atrelado à vacinação e ao contágio pela doença.

Mato Grosso do Sul vive uma explosão de casos de Covid-19. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que, em apenas 16 dias, fevereiro deste ano já é o mês com o maior número de contágios, com 46.957 novos casos em MS.

O recorde anterior pertencia ao mês de junho de 2021, quando foram registrados 44.686 novos casos.

Identificada em novembro de 2021, a variante Ômicron da Covid-19 é responsável por 100% dos contágios da doença em Mato Grosso do Sul.

Segundo a SES, todas as 94 amostras analisadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre os dias 4 e 8 de fevereiro deram positivo para esta nova cepa do coronavírus.

ATUALIZAÇÕES

A infectologista Priscilla Alexandrino explicou que as vacinas contra o coronavírus já estão passando pelo processo de atualização, por conta da circulação de diversas cepas e subvariantes da doença.

“Estão sendo feitas atualizações das vacinas em nível mundial nas grandes empresas, na Pfizer, Janssen e AstraZeneca. Mas atualmente os imunobiológicos que estão sendo aplicados são eficazes para as variantes até então identificadas”, reiterou Alexandrino.

A farmacêutica Pfizer e a BioNTech iniciaram estudos clínicos para uma vacina específica contra a variante Ômicron no dia 25 de janeiro.

A previsão é de que as pesquisas realizadas com voluntários de 18 a 55 anos sejam concluídas em março.

Em parceria com a Universidade de Oxford, a AstraZeneca divulgou no dia 21 de dezembro que atua no desenvolvimento da vacina específica para a Ômicron. Entretanto, ainda não foram divulgados detalhes da pesquisa.

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