Por João Paulo Ferreira | 17 dezembro, 2022 - 14:56
Neste mês, com a chegada do verão e muitas pessoas entrando de férias, aumenta a busca por parques aquáticos, piscinas, praias, rios e cachoeiras, além de passeios em praças e parques como opção de lazer. Como consequência, aumenta também a exposição ao sol.
É justamente nesta hora que devemos redobrar os cuidados, nos protegendo durante a exposição excessiva aos raios ultravioletas, pois eles podem contribuir com o envelhecimento precoce e aparecimento de manchas na pele, alergias, queimaduras, além de problemas mais graves como o câncer de pele.
Em 2021, aos 39 anos, a jornalista Evllyn Rabelo descobriu um câncer de pele. Para seu alívio, tratava-se de um carcinoma basocelular, o tipo menos nocivo da doença, mas também o mais comum.
“Parecia uma pinta bem pequena, mas me chamou atenção porque era assimétrica, com um certo relevo, e de cor avermelhada, bem próxima ao meu olho. Então marquei uma consulta com minha dermatologista, que logo desconfiou de que era um câncer de pele, mas fiz o exame, e esse confirmou o diagnóstico. Na hora, ao mesmo tempo que dá um susto, também fiquei tranquila, porque há pouco tempo tinha feito uma matéria sobre o assunto. Ter informação naquele momento foi fundamental para que eu mantivesse a calma e seguisse com o tratamento indicado, que no meu caso, era a retirada do nódulo”, explica.
Além do carcinoma basocelular existem outros dois tipos principais de câncer de pele: carcinoma espinocelular, que surge em células escamosas e também se manifesta como feridas na pele, e o melanoma, um tipo mais raro, mas o mais agressivo.
Para ajudar você a entender um pouco mais sobre câncer de pele, seguem algumas informações importantes sobre assunto, e as classificou como mito ou verdade. Confira!
Mitos x Verdades
1 – O protetor solar é fundamental contra o câncer de pele.
Verdade. O protetor solar age como um filtro sobre a pele, protegendo-a dos raios ultravioletas, mas para que ele faça o efeito desejado, é necessário que o produto seja usado corretamente:
-Usar o fator de proteção indicado a cada tipo de pele: pessoas com peles mais claras precisam de uma proteção mais intensa, no entanto, o FPS mínimo deve ser 30
-Optar por um protetor solar que ofereça filtro contra os raios UVB e UVA
-Aplicar o protetor meia hora antes da exposição ao sol para que o produto seja absorvido pela pele
– Reaplicar a cada três horas ou de duas em duas horas em casos de transpiração excessiva, exposição solar prolongada ou após molhar a pele
2 – É preciso usar protetor solar em dias nublados e chuvosos
Verdade. Isso porque o que causa os danos na pele e que pode resultar em câncer não é o sol em si, mas os raios ultravioletas, ou raios UV.
3 – Apenas a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele.
Mito. Apesar de o sol ser o principal causador do câncer de pele, ainda há os fatores genéticos, que podem desencadear a doença.
4 – Bronzeamento artificial faz mal para a pele.
Verdade. Todo tipo de bronzeamento artificial faz mal para a pele. Por isso, a prática é proibida no Brasil desde 2009.
As câmaras de bronzeamento artificial usam lâmpadas UVA, que não causam queimaduras, mas aumentam a chance de surgimento de melanomas.
5 -Não existe autoexame para câncer de pele.
Mito. O teste ou regra ABCDE é uma forma de autoexame que pode ajudar a detectar alguma alteração na pele. É preciso observar a pele com atenção em busca de pintas ou manchas que pareçam estranhas, não esquecendo de sempre examinar as palmas das mãos e plantas dos pés para ver se não há manchas escuras sob as unhas e locais menos óbvios, como a virilha.
6 – Fatores genéticos aumentam o risco de desenvolver câncer de pele.
Verdade. De 5% a 10% dos casos de melanoma são causados por alterações genéticas hereditárias.
Para pessoas que já têm diagnóstico na família, há a possibilidade de fazer acompanhamento com profissionais especializados e mapeamento de pintas como forma de prevenção.
7 – Câncer de pele tem cura.
Verdade. A maior parte dos casos de câncer de pele não melanoma pode ser curada com cirurgias ambulatoriais. As chances de eliminar o câncer por esse método também são boas mesmo em casos de melanoma, quando o diagnóstico é feito na fase inicial da doença.
24 novembro, 2024
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