Por Redação | 3 abril, 2022 - 8:24
Falar de epilepsia ainda é tabu em várias partes do mundo. Por isso, todos os anos o assunto vem à tona como forma de informar e conscientizar a sociedade sobre o assunto. Para quem enfrenta a doença tão importante quanto o tratamento que lhe garanta qualidade de vida, é a empatia das pessoas à sua volta.
A doença que pode acometer tanto adultos como crianças, afeta em torno de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, representa 2% da população.
Neurologista, Dr. Nilson Moro, esclarece algumas dúvidas sobre a doença.
Causa
“A maioria dos casos não tem uma causa definida, no entanto, as crises podem surgir por predisposição genética, após traumatismos cranianos, Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmicos ou hemorrágicos, uso exagerado de álcool e drogas, tumores, entre outros fatores”.
Sintomas
As crises epilépticas, segundo o especialista, normalmente duram menos de cinco minutos e podem ser parciais (fracas). “Quando ficam restritas a um local do cérebro, a pessoa pode ter sensações estranhas, como movimentos involuntários de algum membro, sentir cheiros estranhos, tonturas e déjà-vu (expressão francesa que significa “já visto”), com melhora espontânea”.
No entanto, Dr. Nilson afirma que existem crises mais intensas. “Nesses casos a pessoa perde a consciência (desmaia), podendo evoluir com movimentos repetitivos dos membros associado a sialorreia (produção excessiva de saliva) e liberação esfincteriana (perda do controle urinário). Esta crise é chamada de convulsão”, pontua o médico.
Tratamento
O especialista destaca que com tratamento adequado, a maioria das pessoas diagnosticadas com a doença leva uma vida normal, e que alguns hábitos saudáveis ajudam a evitar a epilepsia.
“Não há como saber se teremos ou não epilepsia. Porém, se evitarmos o abuso de álcool e drogas, mantermos uma dieta balanceada, não passarmos noites em claro e evitarmos fatores de risco que possam levar ao AVC, por exemplo, podemos reduzir a chance de ter epilepsia”.
Dicas para ajudar uma pessoa em crise
– Mantenha a calma!
– Cuide a pessoa para que ela não se machuque, protegendo sua cabeça
– Segure o seu corpo quando estiver se debatendo
– Não dê água ou remédios
– Não coloque os dedos entre os seus lábios na tentativa de “desenrolar” a língua. Apenas vire sua cabeça de lado e espere a crise passar
Importante! Se a crise durar mais que cinco minutos, acione o socorro para que a pessoa receba atendimento de um especialista.
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