Por João Paulo Ferreira | 30 dezembro, 2024 - 12:17
Em 2024, ações de fiscalização realizadas em Campo Grande e Três Lagoas apreenderam mais de 2.600 cigarros eletrônicos e 700 essências. Essas operações integram uma força-tarefa conjunta entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Secretaria de Estado de Educação (SED) para enfrentar o uso crescente de cigarros eletrônicos por jovens e adolescentes em Mato Grosso do Sul.
Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 14,9% dos jovens entre 18 e 24 anos no estado utilizam esses dispositivos, que contêm substâncias prejudiciais, como nicotina, metais pesados e compostos cancerígenos. Mato Grosso do Sul ocupa a segunda posição no ranking nacional de consumo, atrás apenas do Paraná.
A SES e a SED implementaram medidas de fiscalização e campanhas educativas para prevenir o uso desses dispositivos. Entre as ações estão palestras nas escolas da Rede Estadual de Ensino, promovidas pelo Programa Saúde na Escola (PSE), e o fortalecimento da parceria entre famílias, instituições de ensino e serviços de saúde.
O gerente de Apoio aos Municípios da SES, Matheus Moreira Pirolo, destacou a gravidade do problema. “Além de causarem doenças graves, como DPOC, infartos, AVC e câncer, os cigarros eletrônicos reforçam a dependência química. Nossa meta é dificultar o acesso e conscientizar sobre os riscos, reduzindo custos à saúde pública e o impacto do nicotinismo”, afirmou.
A SES, com apoio da Vigilância Sanitária e outras entidades, intensificou as operações para coibir a comercialização ilegal dos dispositivos. A força-tarefa também capacitou profissionais da saúde e segurança para aumentar a eficiência das fiscalizações. Canais como o 136 (Ouvidoria do SUS) e o 151 (Procon) foram disponibilizados para denúncias anônimas.
O governo estadual busca não apenas proteger a saúde dos sul-mato-grossenses, mas também reduzir custos ao sistema público de saúde, criando ambientes escolares mais seguros e livres do uso de cigarros eletrônicos. As ações preventivas são essenciais para combater a popularização de dispositivos que, embora promovidos como alternativas menos nocivas, trazem sérios riscos à saúde pública.
30 dezembro, 2024
30 dezembro, 2024
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