Por Redação | 1 maio, 2021 - 7:20
A automedicação é um hábito bastante comum entre os brasileiros. Um remédio para dor de cabeça, resfriado, tensão muscular, entre tantos outros são, muitas vezes, comprados e ingeridos de maneira indiscriminada e sem orientação médica. O problema é que ao invés de só aliviar os sintomas, o medicamento pode causar consequências bastante graves à saúde.
De acordo com a especialista em clínica médica, Dra. Carolina Albuquerque Arroyo, no Brasil cerca de 70 a 80% da população se automedica. A maior prevalência é entre jovens do sexo feminino.
O uso de determinados medicamentos por “conta própria” pode agravar doenças já existentes, como também esconder sintomas de outras. “A automedicação pode mascarar alguns sintomas, modificando a evolução natural de determinadas doenças, e ocasionando até complicações de diagnóstico mais tardio, além de aumentar efeitos adversos, que podem ser letais para alguns pacientes”, explica Dra. Carolina.
Também são possíveis consequências da automedicação a intoxicação, reação alérgica, dependência, resistência do organismo a determinadas substâncias e até mesmo a morte, em alguns casos.
Outra grande preocupação dos especialistas é em relação à combinação de medicamentos de maneira inadequada, que podem potencializar ou mesmo anular o efeito. “A interação de alguns medicamentos com álcool, drogas psicotrópicas e tabagismo, por exemplo, podem alterar sua eficácia e aumentar a chance de efeitos indesejados, como as alterações neurológicas, ocasionando em variações no nível de consciência e convulsões”, detalha a médica.
De acordo com a médica, os analgésicos são os mais utilizados de maneira indiscriminada. “Sem dúvida as medicações analgésicas, com destaque para as drogas com efeito anti-inflamatório, que tem como objetivo melhorar a dor, são um dos mais utilizados sem orientação médica. Os efeitos indesejáveis causados por eles são lesão de mucosa gástrica e renal, além de outras complicações”.
Além dos efeitos no organismo, o hábito de automedicar-se contribui para o acúmulo de remédios sem necessidade em casa, a chamada “farmacinha”, ingestão dos mesmos com prazo de validade vencido, muitas vezes, ineficácia no tratamento e ainda acidentes com crianças, que acabam atraídas pelas cores e formatos de muitos comprimidos, por exemplo.
Para garantir a sua segurança, antes de comprar e ingerir qualquer medicamento, o ideal é passar pela consulta com um médico de sua confiança, pois ele avaliará seu estado de saúde e, com certeza, irá prescrever o melhor tratamento medicamentoso.
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