Por Redação | 24 agosto, 2023 - 15:17
No mês de agosto, a campanha Agosto Lilás se destaca como um chamado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher. No Brasil, a cada quatro horas, uma mulher se torna vítima de violência. Com o intuito de oferecer apoio, assistência em saúde e acolhimento psicológico às mulheres que enfrentam situações de violência, o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), apresenta os programas de acolhimento “Acalento” e “Desconstruindo Amélia”.
Programa Acalento: Espaço de Acolhimento e Cuidado
No ambiente chamado de “sala lilás”, o Programa Acalento oferece um espaço especialmente preparado para acolher as vítimas em momentos delicados. A equipe multiprofissional do hospital atende a todas as necessidades, incluindo profilaxia para doenças sexualmente transmissíveis e fornecimento de contraceptivos de emergência. Uma reforma recente no Pronto Atendimento de Ginecologia e Obstetrícia (PAGO) proporcionou uma configuração mais amigável, minimizando a exposição das vítimas. A sala agora é mais próxima da entrada, e uma pequena brinquedoteca foi instalada na antessala para criar um ambiente acolhedor. O projeto Acalento busca oferecer um atendimento humanizado, respeitando a dignidade e privacidade da vítima, além de fornecer suporte psicossocial e orientações legais.
Projeto Desconstruindo Amélia: Apoio para Colaboradoras
O projeto “Desconstruindo Amélia” tem como foco oferecer suporte psicológico tanto individual quanto em grupo para colaboradoras do HU-UFGD que são vítimas de violência. Conduzido pela Psicologia Organizacional e do Trabalho, o programa garante sigilo absoluto para as participantes, proporcionando um espaço seguro para compartilhar experiências e buscar ajuda.
Avanços Legais e Números Alarmantes
O Brasil enfrenta números alarmantes de violência contra a mulher. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 revelou mais de cinco mil homicídios e feminicídios em 2022. No mesmo ano, ocorreram mais de 10 mil tentativas de feminicídio e homicídio de mulheres. Além disso, houve um aumento histórico nos casos de estupro, com 74.930 vítimas, incluindo vulneráveis.
Canais de Denúncia e Ações Legais
Para combater essa realidade, o país dispõe de leis como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, além de outras iniciativas legislativas que visam proteger as mulheres. O Supremo Tribunal Federal reforçou, em agosto de 2023, a inadmissibilidade da tese da legítima defesa da honra em casos de violência contra a mulher.
Agosto Lilás: Um Mês de Conscientização e Mudança
O Agosto Lilás é um momento crucial para conscientizar a sociedade sobre a violência de gênero. A campanha de 2023 destaca a importância do respeito e das marcas deixadas por diferentes formas de agressão, não apenas física.
Compromisso da Ebserh e Canais de Apoio
A Ebserh, vinculada ao Ministério da Educação, administra hospitais universitários federais e é uma parceira na luta contra a violência. O Hospital Universitário da UFGD reforça seu compromisso de oferecer assistência especializada e acolhimento às mulheres vítimas de violência.
Denúncia e Apoio
Denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas através da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 e do aplicativo Direitos Humanos no Brasil. Além disso, a Polícia Militar pode ser acionada pelo número 190. O Hospital Universitário da UFGD se destaca como um local de apoio especializado e acolhimento para as vítimas.
21 novembro, 2024
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