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Jovem faz “inseminação caseira” com padrasto para gerar o próprio “irmão” após mãe fazer laqueadura

Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul garantiu registro de recém-nascido em caso peculiar de reprodução assistida

Por João Paulo Ferreira | 30 agosto, 2023 - 13:29

Uma história de reprodução assistida intrigante veio à tona nesta segunda-feira, 28, no interior de Mato Grosso do Sul. Uma jovem gerou o filho da própria mãe utilizando o sêmen do padrasto através de uma inseminação caseira. A história, que envolve questões éticas e jurídicas complexas, foi revelada após a Defensoria Pública do estado obter uma decisão judicial para o registro de filiação assistida, um termo utilizado quando a paternidade biológica não é atribuída à gestante.

As identidades dos envolvidos não foram divulgadas por razões de segurança, mas foi informado que todos são maiores de idade. A família optou por uma inseminação caseira, um procedimento realizado sem supervisão médica e, como o próprio nome sugere, na intimidade do lar. Nesse caso específico, o doador do sêmen foi o próprio padrasto da jovem, que gestou a criança.

De acordo com o defensor público Fábio Luiz Sant’Ana de Oliveira, a assistida já era mãe de três filhas maiores de idade, fruto de um relacionamento anterior. Após se casar novamente, o casal nutriu o desejo de expandir a família, porém, devido a fatores como idade e procedimento de laqueadura, a mulher não conseguia engravidar novamente.

Sem recursos financeiros para uma inseminação artificial, a filha mais velha da assistida se ofereceu para ser a gestante, gestando assim o próprio meio-irmão. O projeto parental contou com o apoio de vários membros da família.

A Defensoria Pública atuou para garantir que os direitos fundamentais do recém-nascido fossem respeitados, especialmente o reconhecimento da filiação materna. Com o parecer favorável do Ministério Público, a Justiça concedeu a autorização para que o Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais efetuasse o registro da assistida como mãe da criança.

O médico ginecologista e especialista em reprodução humana, Eduardo Silveira dos Santos, destaca que procedimentos de inseminação caseira podem acarretar maiores riscos de contaminação devido à falta de supervisão médica e questões de higiene negligenciadas.

Essa peculiar história traz à tona uma série de questões éticas e legais em torno da reprodução assistida e da definição de paternidade. A atuação da Defensoria Pública nesse caso destaca a importância do sistema jurídico em adaptar-se a cenários cada vez mais diversos e únicos no âmbito da parentalidade.

As implicações a longo prazo desse caso permanecerão como um exemplo intrigante de como as dinâmicas familiares podem evoluir em um mundo em constante mudança.

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