Por Redação | 13 outubro, 2022 - 17:09
“O Município tem buscado estratégias para facilitar o acesso e assegurar o direito da criança se vacinar. É muito importante proteger nossas crianças de doenças que podem voltar a circular”, comenta.
José Mauro lembra da necessidade da conscientização dos pais e responsáveis para que a criança exerça o seu direito de vacinar. ” Nós estamos fazendo a nossa parte e é preciso que a nossa sociedade se sensibilize”, comenta.
Oficialmente, a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite foi encerrada no dia 30 de setembro. No entanto, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) expediu comunicado estabelecendo o prazo até o dia 31 de outubro para que os municípios possam fazer o registro das doses aplicadas.
Atualmente, a cobertura vacinal entre crianças de 1 a 4 anos é de 28%. Ou seja, do público estimado em 57,4 mil crianças, apenas 16,3 mil foram vacinadas. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é que 95%.
A vacina contra poliomielite protege crianças da doença que ficou popularmente conhecida como Paralisia Infantil, e há mais de trinta anos não há novos casos registrados no Brasil. Contudo, a decisão de uma nova campanha partiu do princípio de que o vírus ainda estar circulante em alguns países e haver casos novos em locais onde não se tinha mais registro da doença, como é o caso dos Estados Unidos, que confirmou o diagnóstico em um adulto não vacinado em julho.
“O perigo é que tenhamos o mesmo cenário que se apresentou em relação ao sarampo. Em 2019, Campo Grande registrou novamente um caso da doença, em uma criança que ainda não tinha recebido a vacina e havia viajado para São Paulo”, explica o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho.
Segundo o gestor da pasta de saúde, cada novo caso fora do país representa um risco maior para os moradores de Campo Grande. Além desta campanha, acontece também a de multivacinação para atualização de caderneta, que tem como público crianças e adolescentes de até 14 anos.
Em Campo Grande, no ano de 2022, foram notificados quatro casos suspeitos de paralisia flácida aguda. Sendo dois casos residentes em
Campo Grande e os demais dos municípios de Ponta Porã e Três Lagoas. Todos os casos foram analisados e descartados.
Proteção
A única forma de evitar a paralisia infantil é a vacinação de todas as crianças até os 4 anos de idade. No Brasil são utilizadas duas vacinas: inativada poliomielite (VIP) e oral de poliomielite (VOP).
Consiste na administração de três doses de VIP, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo preconizado de 60 dias entre as doses, sendo o intervalo mínimo de 30 dias.
Devem ainda ser administradas duas doses de reforço com VOP, a primeira aos 15 meses e a segunda aos 4 anos de idade e em todas as campanhas de vacinação realizadas antes da criança completar 5 anos.
23 novembro, 2024
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