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Trigo é o segundo cereal mais saudável consumido no mundo

Considerado vilão em algumas dietas, o grão é fonte de energia para o corpo

Por João Paulo Ferreira | 10 dezembro, 2022 - 10:44

Presente no pãozinho de cada dia, nas massas, bolos ou biscoitos, o trigo é o segundo cereal mais consumido no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Isso porque o trigo é fonte de inúmeros componentes necessários para manter a saúde do ser humano. Mesmo visto nos últimos anos como vilão na alimentação, seu consumo chega a 40,62 kg por pessoa no Brasil por ano, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) e IBGE. O consumo nacional pode parecer alto, mas outras nações apresentam índices muito maiores, como o Azerbaijão, onde uma pessoa consome 212 kgs por ano e na Tunísia que apresenta 204,2 kg. Em uma comparação regional, a vizinha Argentina possui registros de 103,4 kg por pessoa. A Organização Mundial da Saúde considera ideal a média de 60 kgs por ano.

Com o passar dos anos, o trigo foi visto como inimigo das dietas e passou a ser malvisto por conta das restrições com os celíacos, 1 a 3% da população mundial possui intolerância ao glúten, que é o composto de proteínas encontradas em cereais como trigo, cevada e centeio. A nutricionista Rosana Matias alerta que o trigo não deve ser eliminado de uma alimentação saudável. “O trigo não é um vilão. Apenas precisa ser verificado, na dieta de cada um, a melhor aceitação. Cada pessoa tem um organismo com melhor ou pior absorção do trigo em toda sua composição”, explica.

Conforme a profissional, dentro de uma dieta equilibrada, onde o intestino esteja saudável e principalmente conhecendo as limitações em relação ao glúten, o “trigo pode fazer parte da alimentação sem problemas, usando apenas de forma equilibrada”. Rosana complementa que o trigo é rico em carboidratos, proteína, gordura, ferro, cálcio, ácido fólico, vitamina A, D, C e B. “É fonte de energia presente desde o pão até na fabricação de cerveja, podendo sem consumido com moderação, nada de terrorismo nutricional”, alerta.

Para quem não se adapta ao trigo ou possui restrição, a nutricionista explica que o cereal pode ser substituído por farinha de arroz, farinha de aveia, quinoa, linhaça, amêndoas, sorgo e até pela farinha de grão de bico, “todas facilmente agregadas nas receitas”, conta. Com as substituições, é possível manter a saúde e a qualidade de vida, ingerindo os componentes que o corpo precisa. Outra troca comum na população é o uso do trigo integral. “O trigo branco passa por um processo de refinanciamento para deixar as preparações macias. Porém, perde principalmente as fibras. Já o trigo integral não passa por este processo de refinanciamento e, por isso, mantém, minerais, vitaminas e principalmente as fibras”, ressalta.

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