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UPA’s da Capital terão espaços preparados para atender autistas

Os locais foram projetados visando proporcionar maior conforto aos pacientes, que terão prioridade nos atendimento

Por Viviane Freitas | 5 abril, 2024 - 8:39

Foto: PMCG

Campo Grande contará com espaços sensoriais exclusivos para atender pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas unidades de urgência e emergência. Os locais foram projetados visando proporcionar maior conforto aos pacientes, que terão prioridade nos atendimentos.

Essa iniciativa inovadora no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) será primeiramente implantada nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) dos bairros Coronel Antonino e Universitário. Essas unidades foram selecionadas por oferecerem atendimento adulto e infantil 24 horas por dia, todos os dias da semana, e estarem preparadas para atender às demandas espontâneas de pacientes TEA, além dos encaminhados pelo Corpo de Bombeiros e SAMU.

Os ambientes foram concebidos para reduzir estímulos sensoriais e visuais, com iluminação e cores suaves, materiais táteis e elementos visuais simples, visando acolher e proporcionar conforto aos pacientes TEA.

“A proposta permitirá que pais e acompanhantes também recebam um atendimento humanizado, inclusivo e respeitoso”, afirmou Fernanda Fávero, médica e designer de interiores responsável pelo projeto.

Estima-se que os espaços, incluindo consultórios e salas de descompressão e estabilização, estejam operacionais nos próximos 60 dias. O projeto será gradualmente expandido para outras unidades, seguindo um cronograma estabelecido.

Para a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, o projeto representa a concretização da humanização do atendimento. “Entendemos que cada indivíduo possui particularidades e necessidades específicas, e é nossa responsabilidade, como gestores públicos, garantir que todos sejam recebidos e atendidos com respeito e dignidade”.

Mara Rúbia Gamon, mãe de uma pessoa autista e defensora da causa, enfatizou a importância de iniciativas voltadas ao acolhimento e à humanização para pessoas com autismo. “Isso não apenas melhora significativamente a qualidade do atendimento recebido, mas também fortalece sua autonomia e confiança, influenciando positivamente em seu desenvolvimento e integração social”.

A vice-presidente da Associação de Pais e Amigos do Autista de Campo Grande (AMA-CG), Flávia Caloni, destacou as dificuldades enfrentadas por pessoas com autismo e seus familiares ao procurar ajuda médica adequada. Ela elogiou a iniciativa de implementar projetos focados no acolhimento e na humanização nas unidades de saúde, considerando-a um marco importante.

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