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Vacina contra a dengue Qdenga chega a clínicas particulares no Brasil, enquanto a rede pública aguarda

Imunizante universal com eficácia superior a 80% promete fortalecer a luta contra a doença, enquanto autoridades monitoram avanços tecnológicos

Por João Paulo Ferreira | 27 junho, 2023 - 9:02

A tão aguardada vacina contra a dengue, denominada Qdenga, começará a ser aplicada nesta semana em clínicas particulares em território brasileiro. Embora a notícia seja bem-vinda, ainda não há previsão de quando as doses estarão disponíveis na rede pública de saúde. Desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, essa vacina possui uma característica promissora: pode ser administrada tanto em pessoas que nunca foram infectadas pelo vírus como naquelas que já tiveram contato com a doença.

Marcos Tendler, tesoureiro da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas, abordou questões importantes em relação à faixa etária elegível para a imunização e à eficácia do imunizante em uma entrevista concedida ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. Segundo Tendler, a vacina Qdenga é considerada universal, podendo ser aplicada em indivíduos com idade entre quatro e 60 anos. Ele enfatizou os resultados positivos dos estudos, indicando uma eficácia superior a 80% na prevenção dos quatro sorotipos da dengue.

Para garantir a proteção máxima, serão necessárias duas doses da vacina, com um intervalo mínimo de 90 dias entre as aplicações. Essa estratégia visa fortalecer a resposta imunológica e fornecer um escudo robusto contra o vírus da dengue. Considerando a alarmante prevalência da doença, dados da Organização Pan-Americana da Saúde revelam que aproximadamente 500 milhões de pessoas nas Américas estão em risco de contrair dengue.

Quanto ao custo, espera-se que o valor da vacina Qdenga varie entre R$ 300 e R$ 500. Embora seja um investimento considerável, a importância de combater a dengue e prevenir seus efeitos graves justifica essa despesa. O Ministério da Saúde emitiu uma nota informando que acompanha de perto os avanços do setor de pesquisa e novas tecnologias relacionadas ao desenvolvimento de imunizantes contra a dengue. Isso demonstra o compromisso das autoridades em enfrentar esse desafio de saúde pública e proteger a população brasileira.

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