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Vitiligo: menos estigma e mais autoestima!

Especialistas explicam o que é, gatilhos, empatia, ‘não é contagioso’, autoaceitação, entre outros

Por Redação | 6 março, 2022 - 17:58

Conhece alguém no seu local de trabalho com manchas claras pelo corpo? Afinal, você sabe o que são essas manchas? As perguntas têm uma resposta simples e falar sobre isto é necessário. Trata-se de vitiligo, uma doença que atualmente pelo menos 1% da população mundial é afetada, tornando-se um assunto muito relevante para conhecer e se informar.

Para entender melhor sobre a doença o Dr. Alexandre Moretti, dermatologista, e Ricardo Takaki, psicólogo, falam sobre a temática. Confira!  .

O que é vitiligo? 

Dr. Alexandre Moretti – Dermatologista 

É uma doença autoimune, uma desordem da pigmentação, na qual ocorrem as manchas claras e onde existe uma destruição das células que produzem a melanina, o melanócito. Quando essa célula é destruída aquele local não produz mais a melanina, ficando com a coloração mais clara.

1% de bilhões 

Pelo menos 1% da população mundial é afetada pelo vitiligo. É 1% de milhões, bilhões, é muita gente, uma incidência importante.

Gatilhos 

Dr. Alexandre Moretti – Dermatologista 

Não é uma doença rara, é relativamente comum, e muitas vezes está relacionada com questões emocionais. Tem a ver com gatilhos, porque geralmente são os fatores que pioram o vitiligo.

É genético? 

Dr. Alexandre Moretti – Dermatologista 

Por vezes o paciente tem uma tendência genética em desenvolver a doença. Observamos que em 30% dos casos tem alguém da família com vitiligo.

Entenda: vitiligo não é contagioso! 

Dr. Alexandre Moretti – Dermatologista 

De maneira alguma o vitiligo é contagioso. É uma doença inflamatória autoimune, que não tem nenhum quadro infeccioso. Não é uma bactéria, nem um vírus, um protozoário ou um fungo.

Havia muito estigma acerca da doença, mas isso é antigamente, mas hoje com o conhecimento diminuímos muito isso.

No consultório 

Dr. Alexandre Moretti – Dermatologista 

Fazer o diagnóstico de vitiligo é fácil, mas às vezes ficamos perguntando para o paciente, tentando tirar alguma conclusão para ver se tem algum fator emocional, ou então encaminhamos para o psicólogo. Os pacientes adultos são mais difíceis de tratar do que as crianças, pois têm mais responsabilidades no dia a dia.

Empatia 

Ricardo Takaki – Psicólogo 

Os problemas, sejam quais forem, que surgem na pele tem a ver com a transição entre o “eu” e o “outro”.  Tem toda uma questão de acolhimento que deve ser feita com a pessoa com esta condição.

Para as pessoas que sofram com o vitiligo é importante buscar boas informações, o que elas conseguem com um dermatologista. Em um segundo momento é essencial também procurar uma ajuda psicológica para que ela consiga chegar a um estágio de autoaceitação e, para isso, ela precisa passar por um processo de autoconhecimento, não só da doença que tem, mas também das questões emocionais.

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