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E-delegacia permite denunciar assédio em jogos online sem sair do game

Plataforma facilita envio de provas diretamente do GTA RP e reforça segurança para jogadoras

Por João Paulo Ferreira | 24 setembro, 2024 - 8:51

Imagem ilustrativa

Lançada em março, a E-delegacia possibilita que jogadoras de diversas modalidades de jogos eletrônicos façam denúncias de agressão e assédio de forma prática e segura. A plataforma foi criada para ajudar especialmente mulheres, oferecendo um canal direto de registro de ocorrências e anexação de provas.

“Com um totem interativo, jogadoras de e-Sports podem fazer o registro de boletins de ocorrência e anexar as provas sem sair do universo GTA. É um passo importante para tornar a comunidade gamer mais segura e inclusiva, especialmente para nós, mulheres”, destaca Soraya Vasconcelos, advogada especialista no setor de jogos eletrônicos.

A E-delegacia serve como ponto de apoio para jogadoras de GTA RP, permitindo que elas salvem as provas e direcionem seu avatar ao totem da plataforma. O boletim de ocorrência gerado é encaminhado ao departamento de crimes cibernéticos da Polícia Civil do estado onde o crime ocorreu.

Para outros jogos que não têm uma função integrada de denúncia, a especialista orienta: “Primeiro, faça a captura (screenshots ou gravação de tela) do abuso ou do preconceito, acesse o perfil do agressor e pegue o nickgame e ID (código de identificação), da conta do jogador.” De posse dessas informações, é possível fazer uma denúncia pelos canais de suporte do próprio jogo ou, caso necessário, entrar em contato com a equipe técnica do game para relatar o ocorrido.

Soraya ressalta que, em casos graves, o envolvimento da justiça pode ser necessário. “Para abusos mais sérios, a vítima deverá procurar a delegacia da mulher ou da criança e do adolescente, se menor de 18 anos, com as capturas de tela da agressão sofrida. Se na cidade da vítima não houver delegacias especializadas, qualquer delegacia de polícia pode ser acionada ou ainda o disque 100, que é um serviço de denúncia de violação dos direitos humanos e abusos sexuais”, conclui.

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