Por Viviane Freitas | 28 julho, 2022 - 10:53
O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o envio da Força Nacional para os municípios de Amambai, Naviraí e Caarapó, todos no sul de Mato Grosso do Sul, onde ocorreram os últimos conflitos indígenas. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (28).
Segundo a publicação, a Força Nacional vai dar apoio à Polícia Federal até 31 de dezembro deste ano, “nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.
A operação terá o apoio logístico do Ministério da Justiça, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública. A equipe a ser disponibilizada vai obedecer ao planejamento definido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Amambai
O conflito indígena em Amambai ocorreu há um mês, na Fazenda Borba da Mata, quando morreu o indígena Vitor Fernandes, de 42 anos. Policiais militares e do Batalhão do Choque entraram em conflito com os nativos que promoviam a retomada Guapoy. Outros indígenas ficaram feridos.
Os quatro adolescentes apreendidos – de 12, 14, 16 e 17 anos – e os quatro adultos – Jair Ortiz, de 31 anos, Roberto Martins, de 50 anos, Cecília Ximene Aquino, de 63 e Natieli Rodrigues, de 22 anos – presos por envolvimento na troca de tiros foram liberados em audiência de custódia intermediada pela DPU (Defensoria Pública da União).
No dia do sepultamento de Vitor, em 27 de junho, após conseguirem autorização para realizarem a cerimônia no local da retomada, os indígenas voltaram a ocupar a área onde ocorreu o conflito.
Caarapó
Há 6 anos, o agente de saúde Guarani Kaiowá Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza foi morto a tiros e outros indígenas feridos durante ataque coordenado por cinco fazendeiros que ainda não foram julgados pela Justiça. O caso ficou conhecido como “Massacre de Caarapó”. Agora, o MPF (Ministério Público Federal) pediu à Justiça que os acusados sejam julgados pelo Tribunal do Júri.
Naviraí
Também no fim de junho, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) divulgou nota informando que houve indígenas feridos em Naviraí. “A comunidade, confinada à beira de uma rodovia, aguarda há décadas a conclusão dos estudos que já identificaram a área como de posse tradicional dos Guarani e Kaiowá”, afirmou a entidade. De acordo com o Cimi, os indígenas apontaram seguranças como agressores.
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