Por Viviane Freitas | 21 setembro, 2023 - 10:55
Nos últimos tempos, o TikTok tem testemunhado uma tendência bizarra de “Lives NPC,” onde as pessoas passam horas diante das câmeras, repetindo gestos e sons estranhos em troca de presentes virtuais e dinheiro. Enquanto essa tendência tem movimentado milhares de dólares diariamente, também levanta questões sobre os limites da exposição nas redes sociais.
A sigla “NPC” significa “non playable character” (personagem não jogável), inspirada no mundo dos videogames, onde esses personagens têm comportamentos limitados. A ideia aqui é imitar esses personagens, repetindo ações por horas e recebendo presentes virtuais, como rosas, chocolates e pirulitos, até que a exposição gere dinheiro suficiente.
Embora a origem dessa tendência seja incerta, acredita-se que tenha começado nos Estados Unidos com a tiktoker PinkyDoll e rapidamente se espalhado por outros países. PinkyDoll revelou que em uma única live ela ganhou US$ 4 mil, aproximadamente R$ 15 mil na cotação atual.
Esse sucesso chamou a atenção de tiktokers brasileiros, que também aderiram à tendência para ganhar dinheiro. Um deles, Júnior Caldeirão, compartilhou os detalhes de como funciona o sistema de recompensas, onde cada moeda enviada pelos espectadores se converte em diamantes, e a plataforma retira metade desse valor. Ele revelou que fez US$ 383 em uma única hora, o que equivale a quase R$ 1900 em reais.
No entanto, especialistas alertam que essa tendência pode entrar em conflito com as diretrizes da plataforma TikTok, que proíbem comportamentos artificiais e robóticos, além de gerar uma gamificação não autêntica. Apesar de trazer lucro para a plataforma, essa tendência pode não ser do interesse dela em termos de cultura e conteúdo genuíno.
Em última análise, a febre das “Lives NPC” no TikTok está em ascensão, levando a debates sobre os limites da exposição nas redes sociais e como as pessoas estão dispostas a se expor em busca de ganhos financeiros.
E você? Faria uma live dessa em troca de dinheiro?
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