Por João Paulo Ferreira | 25 outubro, 2019 - 12:14
O colorido dos pássaros, o verde da mata, o azul do céu e das águas. Com um cenário tão exuberante fica impossível não se render aos encantos de Mato Grosso do Sul. Há várias opções de destinos para conhecer as belezas naturais do estado. Jardim, na região da Serra da Bodoquena, é uma delas. A 237 quilômetros de Campo Grande, Jardim é um excelente destino para desfrutar o ecoturismo.
O Buraco das Araras é apenas um dos locais que, na realidade, está em território jardinense. O primeiro registro oficial da maior dolina da América Latina foi em 1912. Fazendeiros procuravam o motivo de tantas araras viverem na região, quando encontraram o buraco de 500 metros de diâmetro e 127 metros de profundidade. O local acabou sendo isolado pelos fazendeiros, por medo de que seus animais caíssem no precipício.
Não demorou muito para que os moradores começassem a depredar o buraco abandonado. Carcaças de carro e todo tipo de lixo eram jogados dentro do local; brincadeiras de tiro ao alvo nos paredões e vandalismo eram comuns. Os animais nativos da região, principalmente as araras que deram nome ao lugar, desapareceram, ou morreram por causa das ações humanas.
Em meados de 1980, o sul- mato-grossense Modesto Sampaio comprou uma parte da região, incluindo o Buraco das Araras. O local foi todo cercado para evitar a entrada de estranhos e de animais das fazendas vizinhas e, a partir daí, um processo de preservação ambiental se iniciou. Com todos os esforços para conservar a região, araras, tamanduás, quatis, lobinhos e 130 espécies de aves voltaram a viver ao redor do buraco.
Outra parada obrigatória em Jardim é o Recanto Ecológico Rio da Prata que há mais de 20 anos promove a interação do visitante com a natureza. O passeio é uma boa opção para quem gosta de praticar atividades ao ar livre. Lá, é possível fazer trilhas, mergulho com cilindro, flutuação, além de observar aves e andar a cavalo.
O que mais parece chamar a atenção dos visitantes é o banho nas águas tanto da Lagoa Misteriosa quanto do Rio da Prata. A lagoa — nome dado por nunca terem encontrado o seu fundo — é a sétima caverna mais profunda do país (pelo menos 220 metros), segundo a Sociedade Brasileira de Espeleologia. O turista pode escolher entre flutuar ou mergulhar com cilindro no abismo azul.
Antes de chegar à nascente do Rio Olho D’Água, ponto de partida da flutuação pelo Rio da Prata, é preciso encarar uma trilha. No caminho, observar macacos-prego, bugios, cotias, queixadas e outros animais não é um desafio. Chegando ao Olho D’Água, o visitante passa por um breve treinamento de como flutuar pelos 2km de leve correnteza. Enquanto se flutua pelo rio, vários movimentos são proibidos — ficar de pé e batê-los são alguns deles. O objetivo é preservar o ecossistema e manter a água mais límpida possível para que a observação não seja comprometida.
O passeio de aproximadamente quatro horas é uma imersão profunda na natureza. É possível nadar entre cardumes, ver peixes e plantas de diferentes espécies, troncos submersos e pequenos “vulcões” de onde saem outras nascentes. Os guias garantem que dá para ver de tudo, até jacaré.
Outro ótimo lugar para dar um mergulho nas águas transparentes do Rio da Prata é o Balneário Municipal de Jardim. A atração fica a mais de 30km do município. O local tem restaurante, lanchonete, churrasqueiras, banheiros, duchas, quadra de areia, estacionamento e um palco para shows. A visitação ao local é controlada para que o meio ambiente não seja prejudicado. Por isso, existe um limite de visitantes. Em dias de chuva, o balneário não abre. Isso porque o volume da água aumenta significativamente, e o risco de acidentes também cresce. Mas nesta época do ano, a temperatura é agradável durante o dia. Não se preocupe.
Conheça Jardim. O Mato Grosso do Sul é lindo. Você vai se apaixonar.
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