Por Redação | 10 março, 2021 - 15:41
Os flagrantes que para alguns geram medo, para fotógrafos subaquáticos, é um dos melhores momentos de registrar sucuris gigantes em rios de águas cristalinas de Mato Grosso do Sul. As expedições para observar esses animais, sempre acontecem no inverno, mas por conta da pandemia, a última edição, prevista para 2020, teve que ser cancelada.
Debaixo d’água, ou em solo firme, profissionais estrangeiros e apaixonados pela vida selvagem, anualmente vêm até o estado, na região de Bonito, a 300 km de Campo Grande, em busca dos grandes animais que chegam a medir 7 metros de comprimento.
Segundo biólogo Daniel De Granville, autor das imagens e que trabalha nessa atividade para atender o público específico, sua função que além de oferecer segurança aos clientes, é também cuidar para que as sucuris não se sintam ameaçadas durante o período em que os registros são feitos. Fotos que foram republicadas em sua rede social nos últimos meses, tem viralizado na internet.
“Deixo bem claro para os fotógrafos, que aqui não se deve chegar muito perto das sucuris e muito menos encostar nelas, até por conta da nossa legislação. Caso o animal se sinta incomodado, a expedição termina naquele momento”, disse ao site G1.
Ainda de acordo com Granville, o resultado final das imagens feitas da sucuris e que geralmente viralizam nas redes sociais, tem contribuído para a desmistificação de que o animal é perigoso. As fotos que mostram tanto detalhes desses animais, também ajudam no avanço das pesquisas científicas.
“Depois que começamos a exibir fotos assim, os turistas que vêm a Bonito e região, têm mostrado mais interesse e curiosidade em ver de perto esses animais”, afirma.
Conforme o biólogo, as expedições que acontecem no inverno, porque é o período de acasalamento e esse é o motivo de encontrá-las com maior facilidade: “Por conta das baixas temperaturas, nessa época, as noites são frias e, durante o dia, as sucuris costumam sair para tomar sol de manhã e aí é o momento que fica mais fácil para fazer os flagrantes”, explicou.
Segundo Granville, é preciso paciência antes de encontrar os animais, porque esses são discretos, não costumam fazer barulhos e não deixam rastros.
Outro ponto positivo que o biólogo destaca referente aos eventos que possibilitam a observação das sucuris, é que muitos proprietários rurais, hoje demonstram orgulho em ter sucuris em suas propriedades: “Antes era relativamente comum quererem se livrar destes animais, por medo. Hoje eles nos chamam para mostrar o bicho quando encontram”, finaliza.
As informações são do site G1
23 novembro, 2024
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