“Zap-denúncia” é alternativa segura pera denunciar violência nas aldeias de MS

Foi lançado nesta quinta-feira (23), pela Defensoria Pública de MS, o “zap-denúncia” para casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes indígenas, da aldeia Bororó. A ação tem como objetivo garantir que a vítimas consigam denunciar o crime e se sintam seguras para isso.

De acordo com o Dourados News, o projeto teve início quase dois meses após o assassinato da menina Raíssa Cabreira, estuprada e arremessada de um paredão de aproximadamente 20m na Reserva Indígena local.

O lançamento foi realizado durante o projeto “Defesa Pública na Aldeia”, que contemplou justiça para os moradores de aldeias indígenas do estado.

Nesse caso específico, o “zap-denúncia” foi implementado porque as mulheres indígenas que ajudavam no combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes relataram que, ao denunciar seus nomes foram revelados e passaram a ser ameaçados e perseguidos pelo agressor.

A ação foi iniciada pela Agência de Promoção e Defesa dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial e Étnica (NUPPIR) em cooperação com a Agência de Promoção e Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nudeca) e Agência de promoção e defesa da direitos das mulheres. Para fazer com que o novo serviço abranja as comunidades indígenas, a Defensoria Pública traduziu todo o material promocional da linha direta para o Guarani e Trena.

Disque Denúncia

Casos de violência sexual contra crianças e adolescentes poderão ser denunciados através do número de WhatsApp: (67) 99263-6212.

Na mensagem é importante que o denunciante informe: o nome da criança ou adolescente que está sofrendo abuso, a localidade e o nome da pessoa suspeita de cometer o crime.