Veado albino resiste às queimadas e ganha fama de ‘protetor das matas’ no Pantanal

Foto: Fabio Paschoal

Em meio ao cenário devastado pelas queimadas no Pantanal, o fotógrafo de natureza e guia de safari, Fábio Paschoal, registrou uma cena rara: um filhote de veado campeiro albino ao lado da mãe, no Refúgio Ecológico Caiman, em Mato Grosso do Sul.

Trabalhando na fazenda Caiman, Fábio decidiu buscar o animal em um dia de pausa nas queimadas, após dias desanimadores. O veado albino, que chama a atenção por sua cor branca única, foi avistado pela primeira vez em outubro. O biólogo Gustavo Figueirôa explicou na ocasião que o animal nasceu com uma alteração genética, resultando na ausência de melanina, o pigmento que dá cor à pele.

A busca pelo veado albino foi recompensada após as chuvas apagarem parte dos focos de incêndio no Pantanal. Para Fábio, a aparição do animal branco ganhou um significado especial, associado a uma lenda local. Segundo a crença, um espírito brasileiro chamado Anhangá, protetor das matas e animais selvagens, costuma se manifestar como um veado branco de olhos vermelhos.

O fotógrafo, emocionado, destacou a importância do registro, expressando esperança de que o veado albino possa crescer e se transformar em um adulto saudável, enquanto a região se recupera das ameaças do fogo.