Por Redação | 24 março, 2021 - 16:56
Essa é mais uma notícia que não gostaríamos de dar: Brasil acumula 300 mil mortos durante a pandemia de coronavírus.
O país atinge mais uma assombrosa marca um dia depois de registrar, pela primeira vez, mais de três mil mortes em apenas 24 horas. E num momento de colapso nos hospitais, tanto públicos quanto privados. UTIs superlotadas desafiam profissionais de saúde já esgotados.
Na avaliação do especialista Marcelo Otsuka, infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), este cenário crítico acontece por conta de diversos fatores, como a falta de medicamentos para usar em pacientes em casos graves de coronavírus, de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além das novas variantes do vírus. “São várias as situações que não permitem que nós digamos que [a pandemia] vai começar a ser controlada”, explicou. Marcelo Otsuka ainda afirmou que é esperado que o Brasil continue tendo um aumento do número de novos casos, internações e óbitos em decorrência do novo coronavírus.
Os níveis de contágio seguem elevados, e governadores e prefeitos tentam conter o avanço do vírus com medidas mais duras de restrição. Ainda assim, o Brasil não chegou a viver nenhum tipo de lockdown completo, como ocorreu em outros países. Sem direcionamento nacional efetivo para lidar com a pandemia, medidas de isolamento seguem sendo desrespeitadas em larga escala.
O lockdown que segue sendo recomendado por especialistas também segue tirando o sono de empresários em todo o país. O presidente Jair Bolsonaro, declarou na última segunda-feira (22), que o Governo Federal continua tentando encontrar uma solução que não prejudique as empresas em todo o país: “Vamos buscar maneira de atender à população, vamos. Parece que, no mundo todo, só no Brasil está morrendo gente. Lamento o número de mortes, qualquer morte. Não sabemos quando isso vai acabar, se vai acabar um dia. Na Itália, está vindo a 3ª onda. Vão ficar fechados até quando?”.
A pandemia piorou as condições do mercado de trabalho, que terminou 2020 com recordes negativos. Foi o maior número de desempregados para um ano desde que começou a série histórica: 13,4 milhões de brasileiros. Foi também o maior número de desalentados, que é como o IBGE chama quem desistiu de procurar emprego: 5,5 milhões de pessoas.
23 novembro, 2024
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