Por Redação | 11 novembro, 2020 - 12:05
Na manha desta quarta-feira (11), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou, após inúmeras críticas por uma suposta posição política do órgão, que os testes da CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac para a Covid-19, serão retomados no Brasil.
A própria agência destacou em nota que já recebeu as informações necessárias para liberar a continuidade dos testes.
“A ANVISA informa que acaba de autorizar a retomada do estudo clínico relacionado à vacina Coronavac, que tem como patrocinador o Instituto Butantan… A ANVISA entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação e segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o EAG [evento adverso grave] inesperado e a vacina”, afirmou sem citar as informações que divulgadas na imprensa sobre o que ocasionou a interrupção dos testes, o suposto ‘evento adverso grave’.
O caso
Na noite da última segunda-feira (09), a Anvisa suspendeu os testes da vacina Coronavac do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Momentos depois, o instituto disse estranhar a decisão da agência, porque o evento adverso se tratava de um “óbito não relacionado à vacina”, criando uma tensão entre o Butantan e a Anvisa. Nas redes sociais, sem esperar o desfecho do caso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou o fato dos testes terem sido interrompidos, causando inúmeras críticas por sua posição, afirmando que ‘ganhou’ uma disputa contra João Doria, governador de São Paulo.
No entanto, na noite desta terça (10), a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo anunciou que a morte do voluntário em questão teria sido um suicídio por uma possível overdose e não tinha ligação com a vacina.
23 novembro, 2024
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