Campo Grande está cinza? Queimada no Pantanal traz fumaça e fuligem para a Capital e campo-grandenses sentem os sintomas

Nascer do sol em Campo Grande nesta sexta-feira (17). (Foto: Wilmar Carrilho)

Várias cidades de Mato Grosso do Sul acordaram cobertas por uma densa camada de fumaça nesta sexta-feira (17), resultado dos incêndios florestais que têm devastado o Pantanal. Nos primeiros 15 dias do mês, os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram quase 4.000 focos de incêndio, levando ambos a declarar situações de emergência.

Imagem de satélite mostra a fumaça encobrindo boa parte do Norte e do Centro-Oeste do Brasil em razão dos incêndios florestais / Divulgação/Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul

Imagens de satélite do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul revelaram a extensão da fumaça, que agora cobre uma grande parte do Norte e Centro-Oeste do Brasil. O centro destacou que a maioria da fumaça provém dos incêndios na Amazônia Boliviana, com uma contribuição significativa dos incêndios no Pantanal.

Widinei Fernandes, professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, observou um aumento notável na concentração de partículas poluentes em Campo Grande desde quinta-feira (16). Ele atribui este aumento à fuligem das queimadas no Pantanal e na Amazônia Boliviana, ressaltando que a poluição do ar em uma região pode impactar áreas distantes. Fernandes indicou que a qualidade do ar no estado, que era “boa” até quinta à noite, mudou para “moderada” e pode piorar.

Para lidar com os efeitos da fumaça, Fernandes ofereceu algumas recomendações de proteção à população local.

Veja as dicas:

• Evitar atividades físicas em qualquer horário
• Ingerir bastante líquido
• Permanecer em repouso
• Umidificar o ar ambiente
• Se a condição persistir, recomenta-se o uso de máscaras para evitar a inalação de partículas poluentes