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Estudo da UFMS gera patente de óleo essencial de guavira para cosméticos

Pesquisa liderada pela doutora Nídia Cristiane Yoshida, com apoio da Fundect, alcança marco inovador na utilização da guavira em produtos cosméticos

Por João Paulo Ferreira | 19 fevereiro, 2024 - 14:05

Foto: Leandro Benites

Um estudo conduzido pelo Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais Bioativos (PRONABio) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), liderado pela doutora Nídia Cristiane Yoshida e com suporte da Fundect, obteve o depósito da primeira patente para o uso do óleo essencial da guavira em composições cosméticas. A pesquisa, que durou dois anos, resultou na extração de óleo essencial e extrato da casca e sementes da guavira (Campomanesia adamantium), revelando propriedades antioxidantes e emolientes, além de substâncias clareadoras.

A iniciativa, parte de um estudo mais amplo que investiga novas fragrâncias e bioativos nos frutos do Pantanal e do Cerrado, destaca-se por seu viés sustentável ao aproveitar resíduos subutilizados pela indústria de alimentos. Segundo Yoshida, o processo resultou na obtenção de cerca de 5 mililitros de óleo essencial por quilo de cascas e sementes, sendo testado em diversos produtos cosméticos, incluindo sabonetes, perfumes e cremes capilares.

A obtenção da patente representa não apenas um marco científico, mas também um reconhecimento dos esforços em inovação e sustentabilidade. Para o diretor-científico da Fundect, Prof. Nalvo Franco de Almeida Júnior, a pesquisa integra princípios essenciais à bioeconomia regional, fomentando um modelo econômico sustentável e promovendo o desenvolvimento da região.

O projeto, que contou com a colaboração da dra. Érica Luiz dos Santos e de estudantes de iniciação científica, estabeleceu parcerias com produtores locais e organizações como a Agraer e o Cerrado em Pé. Além disso, foi incluído no programa Rota Rupestre da UFMS, visando fortalecer aspectos culturais, turísticos e econômicos da região.

A pesquisa não apenas revela o potencial dos recursos naturais do Cerrado, mas também destaca a importância da preservação da biodiversidade em consonância com o desenvolvimento econômico sustentável.

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