Por João Paulo Ferreira | 11 junho, 2024 - 8:28
O projeto Fronteira Guarani promete agitar o Som da Concha no próximo domingo (16), a partir das 18h, na Concha Acústica Helena Meirelles, localizada no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. O evento reúne quatro expoentes artísticos de Mato Grosso do Sul: Alzira E, Marina Peralta, Brô MCs e Hermanos Irmãos, que se apresentarão gratuitamente.
O Fronteira Guarani combina polca com rock, guarânia com reggae e rap em guarani, refletindo as influências culturais da fronteira sul-mato-grossense vindas do Paraguai e Bolívia. Esta será a primeira vez que os artistas se apresentarão juntos em um mesmo palco.
O repertório do show inclui composições que traduzem o jeito de ser do sul-mato-grossense fronteiriço, alertam para a natureza ameaçada do Pantanal e Cerrado e denunciam a violência contra mulheres, indígenas e afrodescendentes.
Alzira E, pioneira da musicalidade sul-mato-grossense, desenvolve seu trabalho desde os anos 1970. Suas canções já foram gravadas por importantes nomes da Música Popular Brasileira, e ela vem se consolidando como uma das compositoras mais prestigiadas do País. “Só Agradece” se tornou um hit na rede mundial e abriu caminho para Marina Peralta se transformar em uma das artistas em grande ascensão da música brasileira, com milhões de acessos nas plataformas digitais.
O Hermanos Irmãos, formado por Jerry Espíndola, Márcio De Camillo e Rodrigo Teixeira, foca na releitura de clássicos da música regional e explora o ritmo ternário comum na fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
Marina Peralta e Brô MCs representam uma nova maneira de traduzir a ‘fronteira guarani’, trazendo para a música sul-mato-grossense a batida do rap e a cadência do reggae. O Brô MCs, primeiro grupo de rap indígena do Brasil, retrata a realidade indígena da fronteira brasileira, especialmente dos guarani kaiowá das comunidades Jaguapiru e Bororó, onde vivem os integrantes do grupo, em Dourados.
Em 2022, o Brô MCs participou do videoclipe “Demarcação” de Marina Peralta e conquistou parcerias importantes como DJ Alok e o rapper Xamã.
Retomado em 2024, o Som da Concha volta após o lançamento de um edital com 148 inscrições, selecionando 28 atrações musicais. Os selecionados receberão R$ 5 mil para apresentações de 40 minutos nos shows de abertura e R$ 8 mil para shows de encerramento, com 60 minutos.
O gerente de Difusão Cultural da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Vitor Maia, expressou sua satisfação com o retorno do projeto: “Ele é um projeto muito esperado pela classe artística. O Som da Concha costuma ter uma concorrência bem acirrada, os selecionados geralmente são selecionados com notas bem altas. Foi muito bom retomar.”
A coordenadora da Concha Acústica Helena Meirelles, Wanda Brito, também destacou a emoção da equipe: “Você não imagina a emoção que está sendo para toda a equipe lá da Concha Acústica Helena Meireles, ainda mais este ano em que ela faria cem anos, vai ser o centenário dela, e vai coincidir, então vai ser um espetáculo.”
O Som da Concha deste ano acontecerá na Concha Acústica Helena Meirelles e em mais quatro municípios de Mato Grosso do Sul, com o objetivo de valorizar e difundir a produção musical sul-mato-grossense.
21 novembro, 2024
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